- Governo australiano lança o maior programa de recompra de armas desde o massacre de Port Arthur, com custos divididos entre governo federal e estados e destruição de centenas de milhares de armas.
- Polícia federal irá supervisionar a destruição das armas recolhidas, enquanto os estados e territórios farão a coleta.
- O anúncio também acelera a criação de um registro nacional de armas para 2027 ou mais tarde, mantendo a data exata sujeita a confirmação.
- Dia nacional de reflexão foi declarado em memória às 15 vítimas do ataque em Bondi, com informações de que os atiradores usaram transmissão de jogo online ligada ao grupo Estado Islâmico.
- Há mais de quatro milhões de armas legalmente possuídas na Austrália, número que aumentou desde as reformas do governo Howard; propostas de reforma de leis de armas enfrentam resistência de oposicionistas e aliados.
O governo federal australiano lançará um novo programa de recompra de armas, o maior desde o massacre de Port Arthur, em resposta ao ataque na Bondi Beach. O custo será dividido entre governo federal e estados, com as armas recolhidas sendo destruídas pela Polícia Federal Australiana. A iniciativa visa remover arsenais de coleções privadas e reduzir riscos de uso indevido.
O anúncio ocorreu após o atentado de Bondi, que deixou 15 vítimas. O governo também instituiu um dia nacional de reflexão para as famílias afetadas. Dados de inteligência indicam que os atiradores fizeram uso de transmissões regulares de um feed de vídeo de um grupo extremista. Além disso, o registro nacional de armas está sendo acelerado, com previsão de implantação apenas a partir de 2027 ou posteriormente.
A medida envolve a possibilidade de entrega voluntária de armas além de cumprir novas exigências legais. O primeiro-ministro destacou que houve posse de várias armas por uma pessoa moradora da região central de Sydney, levantando dúvidas sobre a necessidade de tantos armamentos em áreas urbanas. Atualmente, existem mais de 4 milhões de armas legalmente possuídas no país, número que tem aumentado desde as reformas de 1996.
Reformas no registro de armas e impactos
O governo afirma que o novo registro nacional é necessário para melhorar o monitoramento e a fiscalização. A implementação atrasada é atribuída a consensos políticos e a necessidade de um aparato interoperável entre esferas federal, estadual e territorial. A expectativa é que o cadastro facilite inspeções e informações compartilhadas entre agências.
Alguns parlamentares da oposição defendem uma abordagem equilibrada, enfatizando que mudanças devem respeitar proprietários legais de armas. Figuras do espectro político sinalizam apoio a medidas que elevem a segurança, desde que não prejudiquem cidadãos cumpridores da lei. O debate público permanece aberto sobre o alcance de licenças e limites de posse.
Entre na conversa da comunidade