- Parlamento da Coreia do Sul aprovou uma comissão independente de 18 membros para apurar o acidente de Jeju Air, o pior ocorrido no país, envolvendo 181 pessoas a bordo.
- A investigação terá duração de quarenta dias, com possibilidade de extensão, para avaliar falhas no gerenciamento de relatos de colisão com aves, defeitos da aeronave e o talude de concreto na pista.
- A votação ocorreu com 245 votos a favor e um contra, após denúncias de familiares de vítimas sobre atrasos e supostas omissões na apuração oficial.
- O comitê poderá convocar autoridades do ministério dos Transportes, da Korea Airports Corporation, da Jeju Air e de outros órgãos, além de exigir documentos.
- A controvérsia envolve a autoridade responsável pela investigação oficial, a Araib, que enfrentou críticas por possíveis preliminary hearings adiadas e por suposto constrangimento entre a agência e o governo.
O parlamento sul-coreano aprovou a criação de uma comissão independente para investigar o acidente com Jeju Air, o mais grave já registrado no país. A votação ocorreu após críticas sobre atrasos e possíveis irregularidades na apuração oficial.
O acidente aconteceu em 29 de dezembro de 2024, no aeroporto internacional de Muan, 288 km ao sul de Seul. Um Boeing 737-800, que seguia de Bangkok, sofreu um choque de aves durante a aproximação, desceu em barriga e pegou fogo ao atingir uma barreira de concreto.
A comissão parlamentar, com 18 membros, terá 40 dias para apurar causas, incluindo suposta má gestão de choque de aves, defeitos da aeronave, o papel da barreira de concreto e possíveis tentativas de minimização de resultados pelo governo. Pode haver extensão.
A decisão ocorreu após o governo ter cancelado audiências previstas no mês, gerando revolta entre familiares das vítimas, que acusam a autoridade de enterrar informações. O inquérito oficial é conduzido pela Araib, ligada ao Ministério dos Transportes.
Questionamentos recentes apontam para um conflito de interesses: a Araib reporta ao ministério, que também supervisiona questões de segurança aeroportuária e a infraestrutura contestada. Famílias dizem que o processo viola padrões internacionais de independência.
A comissão investigativa poderá convocar autoridades do ministério dos Transportes, da Korea Airports Corporation, da Jeju Air e de outras agências, além de solicitar documentos relevantes para o caso. As audiências públicas já foram adiadas pela Araib.
Interim formal deve ser divulgado até 29 de dezembro, caso não haja relatório final dentro do prazo. A controvérsia envolve também reexames de destroços da aeronave, interrompidos recentemente após resistência de investigadores em permitir fotografias pela família.
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