- Vox dobrou sua bancada em Extremadura, passando de cinco para 11 cadeiras.
- O PSOE perdeu dez das 28 cadeiras, totalizando 18, com votos diluídos entre Vox e a Unidade pela Extremadura (UxE).
- O PP não alcançou a maioria absoluta, ficando dependente de Vox para formar governo.
- A participação foi baixa, com o PSOE registrando queda de 108 mil votos.
- O cenário é marcado por denúncias de corrupção envolvendo o PSOE, incluindo o candidato em Extremadura, Miguel Ángel Gallardo, e outros membros do partido.
O PSOE sofreu nova derrota nas urnas neste domingo na região de Extremadura, no noroeste da Espanha. A favorável tendência da legenda de esquerda não se manteve, com o partido perdendo 10 das 28 cadeiras. Vox ampliou sua bancada de 5 para 11 assentos, dobrando sua representação.
O resultado ampliou a dificuldade do PP de governar sozinho. María Guardiola, líder do PP, manteve a presidência da região, mas o partido ficou quatro cadeiras abaixo da maioria absoluta (33). A coalizão com Vox voltou a ficar dependente de apoio externo para formar governo.
Turnout baixo favoreceu o desempenho de Vox, que recebeu parte dos votos que saíram do PSOE. Os números indicam também crescimento do United for Extremadura (UxE), com cadeira passando de 4 para 7, aliado ao Sumar. O PSOE viu seus votos? caírem em 108 mil.
Panorama político e challengers
Além de Extremadura, a região tem histórico de alianças políticas sensíveis. Guardiola buscou uma maioria estável, mas o PP sofreu recuos em comparação com cenários anteriores. Vox, que não governa hoje, posiciona-se como força de ruptura para o centro, visando ampliar influência.
Entre correções e acusações, o PSOE enfrenta uma série de casos de corrupção que atingem figureheads de alto escalão. O candidato socialista Miguel Ángel Gallardo, que concorreu à vaga na região, está a processo por suposta influência indevida e abuso de poder, em relação à criação de um emprego para o irmão do então primeiro-ministro, David Sánchez. Gallardo e Sánchez negam as acusações.
Outras figuras do PSOE também são alvo de investigações, incluindo Santos Cerdán, braço direito do presidente Pedro Sánchez, e o ex-ministro José Luis Ábalos. Ambos negam irregularidades e reforçam defesa da inocência. Em relação à Vox, a organização juvenil Revuelta enfrenta acusações ligadas a recursos destinados a vítimas de enchentes em Valencia, ocorridas em 2024.
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