- Em Guiné, Mamady Doumbouya surge como claro frontrunner para a eleição presidencial após referendo que ampliou o mandato de cinco para sete anos.
- A votação ocorre com 6,7 milhões de eleitores aptos, em meio a nove candidatos; a oposição acusa traição à promessa de retorno à democracia.
- A coalizão de oposição Forças Vives de Guinée afirma que Doumbouya traiu o objetivo de restabelecer a democracia, após depositar a intenção de disputar o cargo.
- O governo destaca a inauguração da mina Simandou e promessas de infraestrutura (porto e ferrovias) como sinal de prosperidade para o país.
- Críticos apontam violações de direitos e o fato de partidos de oposição estarem suspensos, com líderes presos ou exilados.
Em 2021, Mamady Doumbouya liderou um golpe na Guiné e prometeu uma transição de 36 meses para o governo civil. Ao longo dos anos, enfrentou pressão da Ecowas e críticas de setores da oposição. Vias de confronto incluíram detenções e exílio de lideranças oposicionistas.
Agora, Doumbouya aparece como claro favorito após um referendo que ampliou o mandato presidencial para sete anos. A oposição acusa o presidente de traição, ao defender que o pleito consolida o poder da junta. A corrida presidencial acontece em meio a críticas sobre violações de direitos.
Contexto eleitoral
Este é o primeiro pleito desde o golpe de 2021, com cerca de 6,7 milhões de eleitores aptos a votar. Entre os candidatos estão Abdoulaye Yéro Baldé, do Frente Democrático da Guiné, e Faya Millimono, anteriormente aliado da junta e hoje crítico. A participação da atual junta é tema central do pleito.
Cenário político interno
Dentro do país, parte da oposição permanece interditada ou em exílio, com líderes detidos ou impedidos de concorrer. Críticos apontam clima de medo causado pela repressão a críticos do regime, enquanto a junta busca ampliar sua base de apoio.
Desdobramentos econômicos
O governo comemora a inauguração da mineração de Simandou, considerada a maior reserva de minério de ferro não explorada do mundo. O projeto envolve também portos e ferrovias, com promessas de desenvolvimento, apesar de críticas sobre perdas de empregos e impactos ambientais.
Perspectivas e riscos
Analistas destacam que a conclusão do ciclo eleitoral pode definir o caminho institucional da Guiné nos próximos anos. Questionamentos sobre transparência, governança e responsabilidade por violações de direitos persistem, influenciando expectativas sobre o pós-eleição.
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