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Cresce o número de britânicos que defendem nascer no Reino Unido, aponta estudo

Pesquisa aponta aumento de apoio à nacionalidade britânica por nascimento, sinalizando crescimento de narrativas etno-nacionalistas entre apoiadores de Reform UK

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Police officers hold back protesters at a far-right rally in central London in September.
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  • Nova pesquisa do IPPR, divulgada pelo Guardian, mostra aumento de quem vê a britanidade como algo nato, com 36% dizendo que é preciso nascer no Reino Unido para ser britânico, frente a 19% em 2023.
  • Entre apoiadores do Reform UK, 71% dizem que ter ascendência britânica é pré-requisito para ser verdadeiramente britânico, e 59% veem a nação como ética, não cívica.
  • 10% afirmam que ter pele branca é essencial para ser cidadão britânico.
  • A maioria dos eleitores de outros grandes partidos, incluindo o Partido Conservador, ainda enxerga britanidade como comunidade cívica baseada em valores compartilhados.
  • O estudo aponta risco de narrativas de extrema-direita influenciarem a percepção de identidade nacional e recomenda aprofundar uma visão de nação baseada em valores comuns.

O IPPR divulgou, com o Guardian, os resultados de uma pesquisa sobre a origem da noção de nacionalidade britânica. O estudo aponta crescimento de visões etno-nacionalistas entre parte da população, em contrapartida ao conceito cívico.

A pesquisa, realizada com dados de YouGov, mostra que 36% dos entrevistados acreditam que é preciso nascer no Reino Unido para ser verdadeiramente britânico. Em 2023, esse percentual era 19%.

Entre apoiadores do Reform UK, 71% defendem que ter ancestralidade britânica é requisito para ser britânico. Outros 59% acreditam que a identidade é étnica, não cívica.

O levantamento ainda revela que 37% dos eleitores do Reform UK afirmam que se sentiriam mais orgulhosos de um país com menos diversidade étnica em dez anos. Além disso, 10% veem como essencial ter pele branca para ser cidadão.

Apesar dessas tendências, a maior parte do público continua associando nacionalidade a valores compartilhados. As respostas destacam que cumprir a lei, educar para a gentileza e trabalhar são vistos como traços de bom cidadão.

Para o futuro, a pesquisa aponta prioridades como NHS funcionando bem, acessibilidade e moradia. Reduções da imigração ou da diversidade étnica aparecem com menor peso entre as respostas.

Parth Patel, da IPPR, afirma que há um esforço de setores da direita para redefinir o que significa pertencer à nação. O estudo alerta para a necessidade de permanecer atento a esse processo.

Segundo a análise, a maior parte dos apoiadores de grandes partidos, exceto Reform, ainda enxerga a nação como comunidade cívica. A visão de identidade por valores comuns predomina fora do espectro da direita radical.

Contexto e desdobramentos

O IPPR convoca líderes políticos a ampliar um programa nacional que una a população por meio de uma visão compartilhada. O premiê enfatizou, em discurso, a resistência a narrativas de exclusão por raça ou origem.

A cobertura também cita debates recentes sobre imigração, identidades e a resposta política diante de movimentos ethno-nacionalistas. O tema ganha espaço em órgãos governamentais e na imprensa.

Reações e próximos passos

Líderes do Labour e do Conservative são citados para reforçar a busca por uma identidade que valorize a coesão social. O debate envolve a avaliação de políticas públicas e comunicação institucional para reduzir tensões.

A pesquisa sinaliza que a maioria deseja manter o marco de uma sociedade plural. A diferença reside na percepção de o que define a britanicidade e quem participa plenamente dela.

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