- Documentos do National Archives mostram que minutos sobre as despesas de viagem do ex-duque de York, Andrew, como enviado comercial, foram retidos na última hora, levando o governo a ser acusado de encobrir a família real.
- Os papéis incluem uma nota de que, com mudança de regras, custos de Andrew poderiam ser financiados pelo Royal Travel Office, somando £ ninety thousand ao orçamento, com visitas mencionadas a China, Rússia, Sudeste Asiático e Espanha.
- A retenção dos minutos ilustra como arquivos ligados à monarquia costumam ficar sob proteção do Public Records Act, dificultando a divulgação.
- No No. 10, minutos de 2004 e 2005 sobre visitas reais foram retirados por “erro administrativo”; parte da documentação já havia sido liberada em 2005 sob a Lei de Livre Acesso à Informação sobre a morte de Diana.
- A cobertura envolve críticas de grupos anti-monarquia e apontamentos sobre pedido de desculpas do gabinete de John Major por um telegrama de aniversário à Rainha Mãe ter sido enviado de forma inadequada.
Foi divulgado que o Cabinet Office é acusado de tentar encobrir informações envolvendo a família real ao reter, no último momento, documentos sobre as viagens do então duque de York como enviado comercial do Reino Unido. Publicados parcialmente, os papéis incluem referências a Diana, princesa de Wales, e a um pedido de desculpas público do gabinete de John Major.
Os documentos revelam que minutos de No 10, datados de 2004 e 2005, sobre visitas reais foram retirados por suposta falha administrativa, nunca previstos para liberação. Entre as informações, há menção de Alteração de regras que poderia financiar os gastos de Andrew, então enviado comercial, com recursos do Royal Travel Office, elevando o orçamento em cerca de £90.000.
As anotações sugerem que alguns custos de Andrew seriam arcados por um órgão distinto do antigo Department of Trade and Industry, o que gerou críticas sobre transparência. O episódio ocorre em meio a controvérsias anteriores envolvendo a cobertura de informações da monarquia e decisões de divulgação.
Atrasos na liberação de arquivos já haviam ocorrido em 2005, com parte do material sobre a morte de Diana e seus funeral sendo posteriormente disponibilizada pela Cabinet Office sob o Freedom of Information Act. Entre os itens, há ainda relatos de conversas entre líderes britânicos e autoridades francesas, cuja divulgação foi negada na época por motivos de confidencialidade.
O caso escancara o debate sobre o grau de proteção de documentos da monarquia no âmbito do Public Records Act. Críticos afirmam que a proteção não deveria se aplicar a conteúdos que envolvam gastos públicos ou responsabilidades institucionais. A direção do gabinete rejeita alegações de bloqueio intencional.
Grupos anti-monarquia destacam que a ausência de transparência alimenta desconfianças sobre a relação entre a corte e o governo. A polêmica acompanha a agenda de liberação de arquivos históricos, já marcada por casos envolvendo a Rainha Mãe e o então governo.
Até o momento, não há declarações oficiais adicionais sobre o tema. A cobertura de arquivos históricos continua a ser tema de interesse público e de avaliação parlamentar sobre procedimentos de divulgação.
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