- Mary-Ann Stephenson é a nova presidente da EHRC e pediu aos críticos que a julguem pelo que faz.
- Em sua primeira entrevista, ela afirmou defender os direitos de todos e manter diálogo com o setor LGBTQ+.
- Disse que é importante, no tema de espaços unissex, orientar políticas e seguir as diretrizes após a decisão da Suprema Corte, com revisões governamentais em andamento.
- Organizações LGBTQ+ haviam questionado sua indicação; ela afirmou que cartas anteriores sobre liberdade de expressão e violência contra ativistas foram mal interpretadas.
- O desafio principal é a orientação formal a órgãos públicos e empresas sobre a resposta à decisão judicial, com o governo levando tempo para aprovar as novas regras.
Mary-Ann Stephenson assume a presidência da EHRC e afirma buscar diálogo com o setor LGBTQ+. Em sua primeira entrevista desde a nomeação, pediu que a avaliem pelo que faz, apresentando compromisso com direitos de todos e com a liberdade de expressão e de associação.
A nova presidente destacou a necessidade de orientar políticas sobre espaços considerados unissex e a implementação de diretrizes após a decisão da Suprema Corte. Ela informou que revisões governamentais sobre o tema seguem em andamento.
Stephenson reconhece que precisa construir relacionamento com diversas organizações LGBTQ+. Ela ressaltou a importância de proteger direitos de todas as pessoas, mantendo o equilíbrio entre direitos trans e outras comunidades.
Controvérsia prévia e posição pública
Grupos trans e membros do Parlamento manifestaram objeções à nomeação, que foram rejeitadas pelo governo. Anteriormente, Stephenson assinou cartas ligadas a liberdade de expressão e de associação, criticando censura acadêmica e violência contra ativistas.
Ela também já participou de apoio financeiro a campanhas de figuras envolvidas em disputas legais sobre gênero, o que gerou debates sobre sua neutralidade em temas trans. A EHRC precisa agora consolidar diretrizes sobre o tema, incluindo o papel da identidade de gênero nas políticas de acesso a espaços.
Desafios atuais da EHRC
A prioridade de Stephenson envolve a orientação das diretrizes que devem reger serviços públicos, empresas e órgãos a partir da decisão judicial sobre sexo biológico. Críticos apontam a necessidade de clareza para evitar discriminações, ao mesmo tempo em que se protegem direitos trans.
A ex-ocupante da cadeira, Kishwer Falkner, criticou a demora do governo em aprovar as novas regras. Um rascunho vazado recentemente provocou críticas de organizações LGBTQ+ sobre possíveis limitações aos espaços de sexo único, gerando tensão no debate.
Compromisso com o equilíbrio
Stephenson afirmou que não aceita leituras que autorizem discriminação com base na aparência. Ela disse que o ponto de partida é garantir acesso a serviços a todos, reconhecendo a necessidade de respeitar direitos de pessoas que não desejam usar serviços de seu sexo biológico.
Ela defendeu que, em serviços unissex, os direitos de todas as partes devem ser considerados. Sobre as diretrizes, a EHRC aponta que o sexo biológico pode embasar decisões em áreas onde há necessidade de espaços separados, conforme a Suprema Corte.
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