23 de fev 2025
MP acusa esposa de ex-segurança de Gusttavo Lima de envolvimento com o PCC
O Ministério Público de São Paulo denunciou doze pessoas, incluindo policiais civis, por crimes relacionados ao PCC. Danielle Bezerra, esposa de um policial, estava ciente e envolvida nas atividades criminosas. O MP pediu a prisão preventiva de Danielle e responsabilização por danos de R$ 40 milhões. A investigação revela uma relação simbiótica entre policiais e criminosos, favorecendo o crime organizado. O assassinato do delator Vinícius Gritzbach destaca a gravidade da corrupção policial e suas consequências.
Segundo os investigadores, antes de ser casada com o investigador Rogério Felício, ex-segurança de Gusttavo Lima, Danielle Bezerra se relacionou com outros dois integrantes da cúpula do PCC. (Foto: Reprodução/Instagram)
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A denúncia do Ministério Público de São Paulo contra oito policiais civis revela um esquema de extorsão envolvendo o delator do PCC, Vinícius Gritzbach. A investigação aponta que a esposa de um dos policiais, Danielle Bezerra dos Santos, tinha conhecimento das atividades criminosas do marido, Rogério de Almeida Felício, que era chefe de segurança do cantor Gusttavo Lima. Em áudios, Danielle menciona uma conta empresarial utilizada para movimentar grandes quantias de dinheiro sem vínculo com seus CPFs, sugerindo um esquema de "laranja".
Além de Rogério, Danielle teve relacionamentos anteriores com membros da cúpula do PCC, e a investigação indica que ela e seu marido estavam envolvidos na cobrança de dívidas de forma violenta. O MP denunciou doze pessoas, incluindo os policiais, por crimes como lavagem de dinheiro e tráfico, destacando a relação entre agentes públicos e a facção criminosa. Os promotores pedem que os acusados paguem R$ 40 milhões em reparação pelos danos causados.
O caso de Gritzbach, que foi assassinado em novembro de 2023, está ligado a sua delação premiada, onde revelou nomes de policiais que o extorquiram. O principal mandante do crime, Emilio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como "Cigarreira", é considerado foragido. A investigação aponta que Gritzbach foi alvo de um "tribunal do crime" por supostas traições dentro da facção, e sua morte envolveu a participação de policiais militares, que estão presos.
As investigações já resultaram na prisão de pelo menos 26 pessoas, incluindo policiais e empresários. O MP e a Polícia Federal continuam a apurar as conexões entre os envolvidos e a extensão do esquema criminoso, que utilizava a estrutura do Estado para favorecer o crime organizado. A Justiça ainda deve se pronunciar sobre a aceitação da denúncia e o prosseguimento das investigações.
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