Política

Submarino brasileiro com 6,6 toneladas de cocaína é apreendido nos Açores

Submarinos artesanais de narcotraficantes evoluem em tecnologia e riscos, com apreensão recente de 6,6 toneladas de cocaína nos Açores.

Submarino usado para tráfico encontrado na Espanha em 2023 (Foto: Miguel RIOPA / AFP)

Submarino usado para tráfico encontrado na Espanha em 2023 (Foto: Miguel RIOPA / AFP)

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Um submarino brasileiro foi apreendido nos Açores, em março, transportando 6,6 toneladas de cocaína. A embarcação, construída artesanalmente por um cartel de drogas da América do Sul, partiu de Macapá, na foz do rio Amazonas. Este caso representa uma das maiores apreensões desde a descoberta desse tipo de operação nos anos 1990.

Os narcossubmarinos são projetados especificamente para o tráfico de drogas, utilizando materiais como fibra de vidro e alumínio. Segundo Gustavo Assi, professor de engenharia naval da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), esses submarinos são construídos em estaleiros clandestinos e requerem conhecimento técnico avançado, não sendo meras "gambiarras". A embarcação apreendida tinha 18 metros de comprimento e cinco tripulantes, enquanto um submarino interceptado em 2019 tinha apenas um piloto e dois tripulantes.

Essas embarcações navegam a profundidades rasas, utilizando um snorkel para captar ar, o que as torna difíceis de detectar. Os traficantes afundam os submarinos ao chegarem próximos à costa, permitindo que outros grupos retirem a carga. As condições a bordo são insalubres, com pouco espaço e riscos de explosões e intoxicação. A viagem pelo Atlântico pode levar cerca de um mês, e os tripulantes enfrentam riscos elevados, sendo considerados como em uma "missão kamikaze".

Desde a primeira detecção de narcossubmarinos em 1993, as apreensões aumentaram significativamente. A Marinha da Colômbia interceptou 33 embarcações entre 1993 e 2009, número que se repetiu em 2019. Os traficantes pagam até US$ 50 mil por tripulante, atraindo pessoas em situações financeiras difíceis. Um dos brasileiros presos na operação recente havia sofrido três ataques cardíacos e decidiu participar do transporte para custear uma cirurgia no Brasil.

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