Política

PCC e CV tentam trégua, mas guerra entre facções recomeça e aumenta a violência

Tensão entre PCC e CV se intensifica após trégua de dois meses, refletindo a instabilidade no tráfico de drogas e na segurança pública.

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Facções PCC e CV rompem trégua após dois meses de cessar-fogo

As facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) romperam uma trégua de dois meses, que havia sido estabelecida em fevereiro. O acordo visava reduzir a violência entre os grupos, mas a comunicação foi interrompida, resultando em novos conflitos.

A relação entre PCC e CV sempre foi marcada por tensões e tentativas de aliança. Desde a execução de Jorge Rafaat em 2016, os conflitos se intensificaram, culminando em uma guerra que fez do ano de 2017 o mais violento do Brasil, com cerca de 60 mil mortes. A recente trégua foi uma tentativa de estabilizar o tráfico de drogas e diminuir as mortes entre os membros.

O acordo de fevereiro foi anunciado em um comunicado conjunto, mas durou pouco. Na última segunda-feira, novos "salves" foram interceptados por órgãos de investigação, confirmando a ruptura. O pesquisador Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), destaca que a dinâmica do crime organizado impacta diretamente a segurança pública e a violência no país.

Histórico de Conflitos

Historicamente, PCC e CV tiveram uma convivência pacífica até 2016, quando a execução de Rafaat desencadeou uma série de confrontos. O massacre de detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas, foi um dos primeiros episódios da guerra entre as facções. Desde então, o CV buscou expandir sua influência, absorvendo facções regionais.

A reabertura do canal de comunicação entre as cúpulas ocorreu em 2019, quando Marcola foi transferido para o sistema penitenciário federal. Essa proximidade levou a uma aliança no âmbito jurídico, onde ambos os grupos passaram a reivindicar melhorias nas condições de vida no cárcere.

Consequências da Ruptura

A recente ruptura da trégua pode intensificar os conflitos territoriais e a violência nas ruas. Autoridades já observam um aumento nas taxas de homicídio em algumas regiões. O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ressalta que a guerra entre as facções não é benéfica para ninguém, exceto para o sistema de segurança.

O "salve" que estabeleceu a trégua previa a proibição de ataques em locais públicos e a necessidade de disciplina entre os integrantes. No entanto, a falta de controle e as disputas regionais entre PCC e CV levaram ao colapso do acordo. A instabilidade no tráfico de drogas continua a ser um desafio para a segurança pública no Brasil.

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