Indiciados por furto em apart-hotel ocupam cargos na Câmara e Assembleia do Rio

A Operação Manto de Engano, realizada pela Polícia Civil do Rio, resultou no indiciamento de Luís Maurício Gualda e Alexandre Ceotto André por um furto em um apart-hotel em Niterói. O crime, que ocorreu em fevereiro, foi descrito como “cinematográfico”. Gualda, ex-assessor parlamentar, confessou sua participação, enquanto Ceotto é apontado como o mentor do delito.

As investigações revelaram que Gualda invadiu um apartamento usando uma máscara de silicone realista. Ele foi filmado pelas câmeras de segurança vestido de terno, óculos e luvas, e deixou o local em 16 minutos, levando oito relógios de luxo avaliados em R$ 80 mil. Após a confissão, Gualda foi exonerado do cargo no gabinete do vereador Rogério Amorim (PL), que declarou que a conduta criminosa é inadmissível.

Além de seu trabalho como assessor, Gualda possui um escritório de advocacia e é sócio de uma empresa de criptomoedas. Em 2022, ele doou R$ 8 mil à campanha do deputado estadual Rodrigo Amorim (União), irmão de Rogério. Ceotto, que está foragido, teve uma trajetória política significativa, incluindo cargos no governo de Wilson Witzel. Apesar do rompimento, ele doou R$ 10 mil à campanha de reeleição de Rodrigo em 2022.

A 76ª DP (Niterói) investiga o arrombamento do apartamento no Hotel Orizzonte by Atlântica. Gualda revelou que a dupla planejava dividir o lucro da venda dos relógios furtados. Até o momento, os indiciados não responderam aos contatos da imprensa.