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Usuários denunciam violência e pressão para deixar a Cracolândia no centro de SP

Após operação na Cracolândia, usuários se dispersam e enfrentam repressão policial, gerando clima de medo e incerteza em São Paulo.

Foto:Reprodução

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Após a operação policial que desmantelou a Cracolândia em São Paulo, usuários de drogas relatam dispersão em novos locais, gerando medo e incerteza. A ação, realizada na madrugada de segunda para terça-feira, resultou em um esvaziamento significativo da rua dos Protestantes, onde muitos usuários se concentravam.

Na madrugada de sexta-feira, um homem com um tiro de borracha na testa descreveu como conseguiu escapar da polícia durante a dispersão de uma aglomeração na rua Helvetia. Ele carregava um corote, enquanto outros usuários expressavam temor de novas abordagens policiais. Um comerciante da região afirmou que a repressão aumentou, com a Guarda Civil Municipal utilizando gás de pimenta e botinadas para dispersar os usuários.

A presença policial se intensificou, com viaturas circulando pelas ruas e dispersando pequenos grupos. A Prefeitura de São Paulo, em nota, defendeu a atuação da Guarda Civil Metropolitana como essencial para a proteção da população e combate à criminalidade, afirmando que investe em tratamento e assistência social para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Novos Fluxos

Os usuários, comerciantes e ativistas relatam que o fluxo de pessoas se espalhou por diversas áreas, como a praça Marechal Deodoro, a avenida Paulista e a região da Luz. Conversas com usuários revelam que muitos estavam cientes da repressão e tentaram consumir drogas antes da abordagem policial. Um usuário, Richard, mencionou que a polícia havia avisado sobre a "tolerância zero" para drogas a partir de segunda-feira.

Boatos sobre abordagens coercitivas para tratamento também circulam entre os moradores de rua. Um morador afirmou ter visto vans circulando na região, levantando suspeitas sobre a possibilidade de usuários serem levados à força para clínicas. Outros usuários relataram que a polícia usou fotos de colegas mortos para intimidá-los a deixar o centro.

A situação atual gerou um clima de incerteza e medo entre os usuários, que agora se sentem mais vulneráveis e dispersos. Daniel, um usuário, destacou que a comunidade que antes se apoiava agora está fragmentada, dificultando a convivência e o suporte mútuo. A presença constante da polícia e a repressão intensificada têm contribuído para um ambiente de tensão e insegurança na região central de São Paulo.

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