Juancho, líder do crime, foge de prisão domiciliar e retorna à Venezuela após extradição

Juan Gabriel Rivas Nunez, conhecido como Juancho, fugiu de sua prisão domiciliar em Boa Vista, Roraima, após a aceitação de seu pedido de extradição pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A fuga ocorreu durante uma troca de tornozeleira eletrônica, quando ele deixou um sósia em seu lugar.

O criminoso, que possui ligações com a facção Tren de Aragua, é acusado de mineração ilegal e tráfico de drogas. A troca da tornozeleira foi feita por um homem semelhante a Juancho, que se apresentou como ele. A fraude foi descoberta quando um policial comparou as fotos e percebeu a troca.

Juancho, que controla operações de extração ilegal de minérios na Venezuela, é um dos líderes de grupos armados conhecidos como "pranatos". Ele é procurado por crimes de contrabando e tráfico de materiais estratégicos, com um pedido de prisão da justiça venezuelana desde junho de dois mil e dezoito.

A Polícia Civil de Roraima informou que Juancho tem conexões com a Tren de Aragua, uma organização classificada como "organização terrorista estrangeira" pelos Estados Unidos. O governo americano oferece até US$ 5 milhões pela captura de seus líderes.

Após a fuga, há informações não confirmadas de que Juancho teria retornado a Las Claritas, sua base na Venezuela, onde teria sido recebido com celebrações. Os advogados de Juancho não foram localizados para comentar o caso. A Polícia Federal não divulga informações sobre a extradição em andamento.