Conflito entre CV e TCP intensifica tiroteios no Morro dos Macacos em Vila Isabel

Confrontos intensificam no Morro dos Macacos em Vila Isabel

O Morro dos Macacos, localizado em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, enfrenta uma escalada de violência entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP). Nos últimos dias, tiroteios resultaram em pelo menos uma morte confirmada, além de granadas encontradas na comunidade.

Na noite de sábado, disparos de armas de fogo foram ouvidos por moradores, que relataram um intenso tiroteio que durou cerca de duas horas. O barulho foi tão alto que chegou a ser escutado em bairros vizinhos, como Tijuca e Méier. A Polícia Militar (PM) foi acionada e encontrou um corpo em uma área conhecida como Pau da Bandeira.

Após denúncias de moradores, a PM encontrou duas granadas em uma escadaria da comunidade. A equipe antibombas da Polícia Civil foi chamada para garantir a segurança dos residentes. A PM intensificou o patrulhamento na região, especialmente após os confrontos que ocorreram desde a noite de sexta-feira.

Disputa pelo controle do território

A disputa pelo Morro dos Macacos se intensificou nos últimos meses. O CV, que conseguiu dominar a área há cerca de um mês, enfrenta a resistência do TCP, que controlava o local por aproximadamente 15 anos. Os conflitos ocorrem principalmente nos finais de semana, quando o TCP tenta retomar o controle do território.

A importância estratégica do Morro dos Macacos para o crime organizado é significativa. Ele serve como um ponto de ligação entre várias favelas da zona norte e é considerado vital para as operações do CV, que busca expandir seu domínio na região. A PM continua a reforçar a presença policial na área, com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Histórico de violência

Historicamente, o Morro dos Macacos tem sido um ponto de conflito entre facções. Desde 2009, quando era dominado pela facção Amigo dos Amigos (ADA), a região tem visto uma série de confrontos. Em 2024, a média foi de mais de um tiroteio por semana, e a situação não mostra sinais de melhora em 2025. A comunidade permanece em estado de alerta, enquanto a guerra entre as facções continua a afetar a vida dos moradores.