04 de jul 2025


Marido mata esposa envenenada e usa contas dela para quitar imóvel em Ribeirão Preto
Justiça determina prisão preventiva de Luiz Antonio Garnica e Elizabete Arrabaça por feminicídio qualificado e fraude processual.

Médico Luiz Antonio Garnica foi preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa em Ribeirão Preto, SP (Foto: Arquivo pessoal)
Ouvir a notícia:
Marido mata esposa envenenada e usa contas dela para quitar imóvel em Ribeirão Preto
Ouvir a notícia
Marido mata esposa envenenada e usa contas dela para quitar imóvel em Ribeirão Preto - Marido mata esposa envenenada e usa contas dela para quitar imóvel em Ribeirão Preto
Luiz Antonio Garnica e sua mãe, Elizabete Arrabaça, foram acusados de feminicídio qualificado pela morte de Larissa Rodrigues, esposa de Garnica, em março. A Justiça converteu suas prisões temporárias em preventivas e determinou quebras de sigilo bancário.
O Ministério Público (MP) alega que Garnica envenenou Larissa com a ajuda da mãe, visando evitar a partilha de bens após a descoberta de uma traição. A professora de pilates morreu no dia 22 de março. Segundo a Promotoria, ela recebeu doses de chumbinho em medicamentos e alimentos, fazendo parecer que sofria de intoxicação crônica.
Quatro dias após o assassinato, Garnica acessou as contas bancárias da esposa e tentou quitar parte do apartamento onde viviam. A investigação revelou que ele estava preocupado com o patrimônio da vítima, realizando pesquisas sobre seguros e operações imobiliárias logo após a morte de Larissa.
Motivos e Ações
Larissa havia solicitado o divórcio após descobrir a traição de Garnica. O médico, que não aceitava o fim do relacionamento de 18 anos, teria ameaçado a esposa com uma injeção letal. Na véspera do crime, Larissa informou a Garnica que procuraria um advogado para tratar da separação.
Elizabete, considerada superprotetora, teria administrado o veneno na comida da nora. Testemunhas relataram que Larissa se sentia mal após as visitas da sogra e que Garnica a impediu de buscar atendimento médico. A Promotoria também investiga a morte de Nathália Garnica, filha de Elizabete, que faleceu sob circunstâncias suspeitas.
Desdobramentos Legais
Os dois réus estão presos desde o dia 6 de maio. A Justiça aceitou a denúncia de feminicídio triplamente qualificado, considerando o motivo torpe e o meio cruel utilizado. Garnica também enfrenta acusações de fraude processual por alterar a cena do crime.
Os advogados de Elizabete contestaram a prisão preventiva, afirmando que não há risco de fuga. A defesa de Garnica sustenta sua inocência, alegando que a mãe é a única responsável pelo crime. Ambos os casos continuam sob investigação, com novos desdobramentos esperados.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.