11 de abr 2025
Brasil propõe 'mutirão global' na COP30 para enfrentar a crise climática com inclusão indígena
COP30 no Brasil busca unir esforços globais contra a crise climática, destacando a voz indígena e promovendo um "mutirão" de participação social.
Foto:Reprodução
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A COP30, que ocorrerá no Brasil, busca promover a inclusão de vozes indígenas e a participação social em um contexto de desafios na diplomacia climática. A presidência brasileira propõe um "mutirão global", inspirado na cultura tupi-guarani, para unir esforços contra a crise climática. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, enviou uma carta à comunidade internacional convocando a participação de diversos setores, incluindo organizações da sociedade civil, setor privado e representantes de povos originários.
Dentre as iniciativas, destaca-se a criação do Balanço Ético Global, que funcionará como um "termômetro moral" para avaliar a resposta climática global. Essa estrutura será complementada por um Círculo de Liderança Indígena, que reunirá líderes de diferentes países para atuar como conselheiros nas negociações. A expectativa é que entre três mil e quatro mil indígenas participem da conferência, um número significativamente maior do que na COP de Dubai.
Kleber Karipuna, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, afirmou que a COP30 representa uma "COP da esperança" devido às pautas importantes que serão discutidas. Apesar das iniciativas em andamento, a participação social terá caráter consultivo, pois apenas os países têm poder de decisão sobre os documentos finais da conferência, conforme as regras da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.
A realização da COP30 no Brasil reacende a esperança de uma participação social mais ampla, mesmo em um cenário geopolítico desafiador. Ativistas e organizações sociais buscam identificar oportunidades para influenciar as negociações, abordando temas como demarcação de terras indígenas e estratégias relacionadas a combustíveis fósseis.
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