25 de abr 2025
Ana Toni alerta a União Europeia sobre a importância de manter metas climáticas ambiciosas
Ana Toni, diretora executiva da COP30, alerta a União Europeia sobre a necessidade de manter suas metas climáticas, enfatizando que um retrocesso pode afetar as ambições de países em desenvolvimento. A proposta da Comissão Europeia de reduzir em 90% as emissões de gases de efeito estufa até 2040 enfrenta resistência de alguns membros, como Itália e República Tcheca. Toni destaca que a UE deve liderar pelo exemplo, pois uma diminuição em seu compromisso pode desencorajar nações como Índia e China a manterem suas próprias metas. Ela também critica a possibilidade de a Europa optar por comprar créditos de carbono em vez de reduzir suas emissões, afirmando que a responsabilidade deve ser assumida diretamente. Toni menciona que o Brasil está bem posicionado para vender créditos de carbono, devido ao seu setor energético e reflorestamento. Sobre a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, Toni expressa preocupação, mas ressalta que o clima não depende apenas do governo federal, citando a importância das ações de estados e do setor privado. Ela acredita que a liderança climática deve ser coletiva, envolvendo países do Sul, e que o comércio pode ser uma ferramenta para a descarbonização. A COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém, será um momento crucial para discutir essas questões.
Ana Toni, diretora-executiva da COP30 e secretária nacional de Mudança do Clima do Brasil, participa da cerimônia de abertura da cúpula ChangeNOW 2025, no Grand Palais, em Paris, em 24 de abril de 2025 (Foto: Sarah Meyssonnier/Reuters)
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Ana Toni, diretora-executiva da COP30, alertou a União Europeia (UE) sobre a necessidade de manter suas metas climáticas. A conferência sobre o clima da ONU ocorrerá em novembro de 2025 em Belém, Brasil. Toni enfatizou que a redução do compromisso europeu pode impactar as ambições de países em desenvolvimento.
Os 27 países-membros da UE estão em negociações sobre a proposta da Comissão Europeia de reduzir em 90% as emissões de gases de efeito estufa até 2040, em comparação com os níveis de 1990. Toni destacou que seria decepcionante um retrocesso nesse compromisso, especialmente em um contexto geopolítico atual.
A diretora-executiva afirmou que a UE deve dar o exemplo. Se não o fizer, países como Índia e China podem reduzir suas próprias ambições climáticas. Ela reconheceu a pressão política e orçamentária enfrentada pela UE, mas ressaltou que o Brasil também enfrenta desafios semelhantes em suas metas de redução de emissões.
Toni também comentou sobre a possibilidade de a UE optar por comprar créditos de carbono de fora, afirmando que a Europa deve priorizar sua descarbonização. O Brasil, segundo ela, está bem posicionado para vender créditos de carbono devido ao seu setor energético e iniciativas de reflorestamento.
Além disso, Toni lamentou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, considerando-a uma perda significativa. Ela destacou que a liderança climática deve ser coletiva, envolvendo países do Sul, e que a Europa pode desempenhar um papel importante nesse contexto.
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