Política

Alemanha enfrenta eleições desafiadoras com ascensão da extrema direita e instabilidade política

A Alemanha realiza eleições nacionais em 23 de fevereiro para o Bundestag. A extrema direita, representada pela AfD, pode obter seu melhor resultado. CDU/CSU lidera as pesquisas com 29%, seguida pela AfD com 21%. Friedrich Merz, do CDU, considera apoio da AfD, mas não uma coalizão. A formação de um novo governo será desafiadora e instável.

Alemanha vai às urnas para eleger o próximo Parlamento (Foto: Kayan Albertin/g1)

Alemanha vai às urnas para eleger o próximo Parlamento (Foto: Kayan Albertin/g1)

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Os alemães irão às urnas neste domingo, 23 de março de 2024, para as eleições nacionais, onde escolherão os 630 deputados do Bundestag, o Parlamento do país. O crescimento da extrema direita, representada pela Alternativa para a Alemanha (AfD), levanta preocupações sobre a formação de uma coalizão governamental, o que pode comprometer a estabilidade política da Alemanha. As últimas pesquisas mostram que o bloco conservador CDU/CSU lidera com 29% das intenções de voto, seguido pela AfD com 21% e pelos sociais-democratas (SPD) com 15%.

Os eleitores têm a tarefa de preencher duas cédulas: a Erststimme (primeiro voto) e a Zweitstimme (segundo voto), podendo escolher candidatos de partidos diferentes. Das 630 cadeiras, 299 são ocupadas por deputados eleitos diretamente, enquanto 331 são distribuídas proporcionalmente. Para garantir representação no Parlamento, um partido deve obter pelo menos 5% dos votos. As propostas para a redução do custo de vida e a imigração ilegal são temas centrais nas preocupações dos eleitores.

Historicamente, o governo alemão é formado por coalizões, e a última gestão foi resultado de um acordo entre SPD, Verdes e FDP. O colapso dessa coalizão levou à convocação das eleições antecipadas. A AfD, investigada por extremismo, enfrenta resistência para formar alianças, mas seu desempenho nas eleições pode complicar a formação de um novo governo. A possibilidade de uma coalizão entre CDU/CSU e SPD é considerada, embora isso possa resultar em um governo instável.

O líder do CDU, Friedrich Merz, recentemente quebrou um tabu ao buscar apoio da AfD para aprovar uma moção sobre imigração, o que gerou debates sobre a manutenção do "cordão sanitário" contra a extrema direita. Apesar de metade da população apoiar essa estratégia, Merz descarta formar uma coalizão com a AfD. A capacidade da AfD de moderar sua postura política poderá influenciar sua força nas próximas eleições, enquanto especialistas analisam as possíveis configurações do futuro governo, considerando a complexidade do cenário político atual.

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