23 de fev 2025
Conservadores lideram eleições na Alemanha, mas extrema direita cresce e complica coalizão
A CDU/CSU lidera as eleições com 28,5%, seguida pela AfD com 19,5%. Beatrix von Storch, da AfD, perdeu assento para Ines Schwerdtner, da Esquerda. Friedrich Merz, da CDU, enfrenta desafio para formar coalizão com menos de 30%. A eleição reflete a resistência ao extremismo em algumas regiões da Alemanha. Novo governo terá que lidar com recessão e tensões comerciais com os EUA.
Alemães se reúnem para votar neste domingo (Foto: JENS SCHLUETER / AFP)
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A primeira pesquisa de boca de urna das eleições alemãs de 2024 indica que os conservadores do CDU/CSU, liderados por Friedrich Merz, estão na frente com 28,5% dos votos. Em segundo lugar, o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), sob a liderança de Alice Weidel, obteve 19,5%. O SPD, partido do atual chanceler Olaf Scholz, aparece em terceiro com 16%. Os Verdes seguem com 13,5%, enquanto A Esquerda tem 8,5%. Os liberais do FDP registraram 4,9% e o partido radical BSW ficou com 4,7%.
Essas pesquisas ressaltam o favoritismo da oposição conservadora, embora a CDU/CSU não deva alcançar a maioria absoluta, o que exigirá negociações para formar um governo de coalizão. A campanha foi impactada pela interferência do governo de Donald Trump, que contribuiu para a ascensão da extrema direita na Alemanha. As eleições são cruciais, pois renovarão os representantes do Bundestag e definirão o novo chanceler, que sucederá Scholz.
O novo governo enfrentará desafios econômicos, incluindo uma recessão e tensões comerciais com os Estados Unidos, além de incertezas sobre a segurança europeia, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A posição de Scholz e Merz em relação à Ucrânia será testada, especialmente após as negociações de paz que excluíram a União Europeia e Kiev.
Em um desdobramento notável, Beatrix von Storch, figura proeminente da AfD, perdeu seu assento para Ines Schwerdtner, do partido A Esquerda, que conquistou 34% dos votos em Berlin-Lichtenberg. Essa derrota local destaca a complexidade do eleitorado alemão e a resistência ao crescimento da extrema direita em algumas áreas. A eleição foi antecipada após a perda de confiança de Scholz em dezembro de 2024, resultando no colapso da coalizão governista.
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