Conservadores vencem eleição na Alemanha e extrema direita alcança recorde histórico

A União Democrática-Cristã (CDU) e a União Social-Cristã (CSU), lideradas por Friedrich Merz, foram declaradas vencedoras das eleições alemãs realizadas neste domingo. Após quatro anos fora do poder, a coalizão conservadora se prepara para formar o próximo governo, com pesquisas indicando que será a mais votada. A Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema direita, também celebrou seu desempenho, alcançando o melhor resultado de um partido radical desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Merz, de 69 anos, descreveu a vitória como “clara e notável” e expressou a intenção de formar um novo governo rapidamente, embora reconheça a dificuldade nas negociações de alianças. Ele afirmou: “Tenho certeza de que formaremos um governo até a Páscoa”, referindo-se ao mês de abril. Para alcançar a maioria no Bundestag, que exige pelo menos 316 cadeiras, a CDU-CSU precisará negociar com outros partidos, possivelmente o Partido Social-Democrata (SPD), que ficou em terceiro lugar.

Entretanto, a formação de uma aliança pode não ser suficiente apenas com o SPD, levando a CDU-CSU a considerar parcerias com outras siglas, como o Partido Verde. Um cenário mais controverso seria a união com a AfD, que se consolidou como a segunda força política do país, com projeções de mais de 20% dos votos. A líder da AfD, Alice Weidel, declarou que o resultado mostra que seu partido é “agora aceito como um partido do povo” e expressou disposição para colaborar com outros partidos, embora a coalizão com a CDU tenha sido excluída no momento.

A situação política na Alemanha se torna complexa, com a necessidade de alianças para garantir a governabilidade. A CDU-CSU, após a vitória, enfrenta o desafio de unir forças em um cenário onde a AfD se destaca, enquanto a expectativa da população por mudanças se intensifica.