Política

Bancada evangélica realiza eleição inédita para líder em meio a divisões sobre governo Lula

A Frente Parlamentar Evangélica enfrenta divisão, levando a uma eleição inédita. Otoni de Paula e Gilberto Nascimento disputam liderança com visões opostas. A deputada Greyce Elias pode retirar candidatura e apoiar Nascimento. A votação ocorrerá às 16h30, com expectativa de 70 parlamentares presentes. A eleição pode impactar a relação da bancada com o governo Lula e Bolsonaro.

Deputados Otoni de Paula, Gilberto Nascimento e Greyce Elias (Foto: Agência Câmara)

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A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional realizará uma eleição inédita para escolher seu próximo líder, marcada para esta terça-feira, às 16h30. A votação quebra a tradição de escolha por consenso e ocorre em meio a um racha sobre a postura a ser adotada em relação ao governo federal. Os principais candidatos são os deputados Otoni de Paula (MDB-RJ) e Gilberto Nascimento (PSD-SP), ambos da Assembleia de Deus de Madureira, que possuem visões divergentes sobre a relação com o Palácio do Planalto.

Otoni de Paula tem se aproximado do governo de Lula, enquanto Nascimento conta com o apoio da ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar de ambos rejeitarem rótulos, aliados afirmam que a eleição de um deles pode influenciar a relação da bancada com a gestão petista. A deputada Greyce Elias (Avante-MG), da Sara Nossa Terra, também se apresenta como uma alternativa, mas nega que vá retirar sua candidatura para apoiar Nascimento.

A bancada evangélica, que possui 245 signatários, tem 117 parlamentares considerados "engajados", ou seja, pertencentes a alguma igreja. Tradicionalmente, a escolha do líder é feita por consenso, mas a falta de acordo em 2023 levou a uma presidência compartilhada. Otoni, que antes era alinhado a Bolsonaro, tem feito acenos ao governo Lula, enquanto Nascimento destaca sua experiência e busca um diálogo equilibrado entre as diferentes correntes.

O apoio de figuras como o pastor Silas Malafaia a Nascimento e as críticas de Malafaia a Otoni, a quem chama de "vira-casaca", refletem a polarização interna. A votação será secreta e em urna eletrônica, e o novo líder será anunciado após o culto semestral da Santa Ceia, que ocorrerá no dia seguinte. A escolha do presidente da bancada ocorre a cada dois anos, geralmente na primeira semana de fevereiro.

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