Trump provoca debate sobre possibilidade de um terceiro mandato presidencial

A possibilidade de Donald Trump buscar um terceiro mandato presidencial tem gerado discussões acaloradas, apesar de a Constituição proibir tal ação. O ex-presidente tem desafiado normas constitucionais, como a tentativa de acabar com a cidadania por nascimento, protegida pela 14ª Emenda, e a resistência a decisões judiciais. Seu vice, JD Vance, sugeriu que Trump poderia ignorar as cortes, enquanto o ex-presidente se compara a um rei em suas declarações nas redes sociais.

Recentemente, Trump fez comentários que podem ser interpretados como brincadeiras sobre um terceiro mandato, afirmando que seria uma honra servir "não uma, mas duas, três ou quatro vezes". Durante um evento, ele provocou os apoiadores, que responderam com gritos de "Quatro anos a mais!", destacando seu apelo contínuo entre os republicanos. Stephen Bannon, ex-assessor de Trump, também manifestou apoio à ideia, alegando que a 22ª Emenda, que limita os presidentes a dois mandatos, poderia ser contornada.

Entretanto, mudar ou revogar a 22ª Emenda é um processo complexo, exigindo dois terços de votos na Câmara e no Senado, além da ratificação por três quartos dos estados. Markwayne Mullin, senador republicano, expressou ceticismo sobre a viabilidade de tal mudança, considerando as declarações de Trump mais como piadas do que como intenções sérias. Historicamente, apenas Franklin D. Roosevelt serviu mais de dois mandatos, levando à ratificação da emenda em 1951.

Embora a Constituição proíba um terceiro mandato, analistas como Nathan L. Gonzales alertam que Trump pode tentar desafiar essa norma, uma vez que ele frequentemente ignora restrições legais. Comparações com líderes como Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, que contornaram limites de mandato em seus países, também foram feitas. Apesar de suas provocações atuais, Trump já declarou anteriormente que pretendia servir apenas um mandato, prometendo um "grande trabalho" antes de se retirar.