13 de mar 2025
Portugal convoca eleições antecipadas para 18 de maio após queda do primeiro-ministro
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou eleições para 18 de maio. A dissolução do Parlamento ocorreu após a queda do primeiro ministro Luís Montenegro. Montenegro enfrenta investigação por conflitos de interesse relacionados à sua empresa. Pesquisas indicam que a oposição, liderada pelo Partido Socialista, tem leve vantagem. A instabilidade política pode aumentar a abstenção nas próximas eleições, segundo analistas.
Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa (Foto: RODRIGO ANTUNES/REUTERS)
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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a convocação de eleições legislativas antecipadas para o dia 18 de maio, após a queda do primeiro-ministro Luís Montenegro. A decisão foi tomada na quinta-feira, 13 de abril, e ocorre após a rejeição da moção de confiança apresentada por Montenegro, que perdeu o apoio parlamentar com 142 votos contra 88. A crise se intensificou devido a alegações de conflito de interesses envolvendo a empresa de consultoria familiar do premiê, a Spinumviva, que continua a receber pagamentos mensais de diversas empresas.
Montenegro, que assumiu o cargo há quase um ano, negou qualquer irregularidade e afirmou ter a consciência tranquila. A oposição, liderada pelo Partido Socialista (PS), havia proposto uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os negócios da Spinumviva, o que levou Montenegro a buscar a moção de confiança, mesmo ciente de que não teria apoio suficiente. A empresa, que ele fundou, gerou polêmica ao receber € 4,5 mil mensais de uma operadora de cassinos, o que levantou suspeitas sobre o uso do cargo para beneficiar interesses pessoais.
As pesquisas de opinião indicam que o PS e a aliança liderada pelo PSD de Montenegro estão empatados, ambos em torno de 30% das intenções de voto. O partido de extrema-direita Chega aparece em terceiro, mas com uma queda em relação ao ano anterior. Analistas apontam que a nova eleição pode não trazer estabilidade política, já que os eleitores demonstram frustração com a repetição de pleitos sem resultados concretos. A abstenção é uma preocupação crescente, especialmente após um recorde de 6,47 milhões de eleitores nas últimas eleições.
Apesar da turbulência política, a economia portuguesa tem mostrado um desempenho positivo, com crescimento superior à média da União Europeia e superávits orçamentários. Economistas não preveem riscos imediatos para a economia com a nova eleição, mas a desilusão dos eleitores pode impactar a participação nas urnas. A expectativa é que a campanha eleitoral seja marcada por um clima de incerteza, com os cidadãos questionando a capacidade do próximo governo de completar um mandato estável.
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