Kassab fortalece PSD com filiação de Raquel Lyra e mira candidatura própria em 2026

A filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao PSD no dia 10 de março foi uma estratégia para demonstrar força política, visando sua reeleição em 2026. O presidente do partido, Gilberto Kassab, anunciou que o PSD terá candidatura própria ao Planalto em 2026 e mencionou Raquel como uma possível candidata presidencial em 2030. O evento, que teve características de comício, contou com a presença de ministros e parlamentares de diferentes partidos, incluindo o PT e o PL.

Com a filiação de Raquel, o PSD agora possui três governadores, ficando atrás apenas do PT e do União Brasil, que têm quatro. Kassab, ao ser questionado sobre a filiação de outros governadores, afirmou que as lideranças do partido estão trabalhando para isso e que o PSD foi o partido que mais elegeu prefeitos em 2024, com 891 prefeitos, o que pode facilitar a conquista de mais estados em 2026. O ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, deve se filiar ao PSD em maio, com a possibilidade de concorrer ao Senado ou ao governo.

A estratégia de Kassab de manter o PSD como um partido "nem de direita, nem de esquerda" tem atraído políticos de diversas ideologias, permitindo que o partido se mantenha relevante em diferentes esferas de poder. Apesar de integrar os governos de Lula e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Kassab enfatiza a prioridade de uma candidatura própria. Ele mencionou Ratinho Jr. como uma opção, mas deixou em aberto a possibilidade de alianças dependendo do cenário eleitoral.

O contexto atual é de incerteza, com a esquerda apostando em Lula, cuja popularidade e saúde são questionáveis, e a direita enfrentando a inelegibilidade de Bolsonaro. Kassab está se posicionando estrategicamente, criando palanques e atraindo novos filiados, enquanto promete um futuro promissor até 2030. A senadora Eliziane Gama resumiu a situação ao afirmar que "para estar no acerto, tem que estar na mesa", destacando a importância de manter-se relevante nas negociações políticas.