Eduardo Bolsonaro mantém candidatura ao Senado em 2026 mesmo morando nos EUA

Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo Partido Liberal (PL) de São Paulo, está atualmente morando nos Estados Unidos e pediu licença do cargo, alegando perseguição política. Apesar da distância, ele mantém a intenção de concorrer ao Senado nas eleições de dois mil e vinte e seis. A legislação eleitoral exige que os candidatos tenham registro no estado pelo qual desejam se candidatar, mas não é necessário residir fisicamente lá. Assim, Eduardo pode manter seu registro em São Paulo mesmo vivendo fora do país.

O professor de direito eleitoral Fernando Neisser, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), afirma que a residência no exterior não impede a candidatura. No entanto, o advogado Alberto Rollo alerta que o domicílio eleitoral pode ser contestado, como ocorreu em dois mil e vinte e dois com Sergio Moro, cujo registro foi indeferido. Eduardo também mencionou a possibilidade de abrir mão do mandato, afirmando que só retornará ao Brasil quando Alexandre de Moraes não for mais ministro do Supremo Tribunal Federal.

A licença de Eduardo, que dura cento e vinte e dois dias e não é remunerada, levanta questões sobre sua candidatura em dois mil e vinte e seis. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, já o anunciou como candidato, mas outros nomes, como Mário Frias e Ricardo Salles, também estão sendo considerados. Além disso, Guilherme Derrite, que retornou ao Partido Progressista (PP), planeja se candidatar ao Senado ou ao governo de São Paulo.

Eduardo, que se afastou para focar em buscar punições contra Alexandre de Moraes e a Polícia Federal, pode utilizar estratégias de campanha virtual. Apesar das dificuldades, ele poderia se conectar com o eleitorado por meio de eventos online. A situação política e as movimentações dentro do PL e do PP indicam um cenário competitivo para as eleições de dois mil e vinte e seis.