11 de abr 2025
Novo Código Eleitoral ameaça participação feminina na política brasileira
Novo Código Eleitoral propõe redução de candidaturas femininas, gerando preocupações sobre retrocessos na representatividade política no Brasil.
Federação Brasileira pelo Progresso Feminino teve em Bertha Lutz uma figura emblemática (Foto: FBPF/Arquivo Nacional)
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Um debate no Congresso Nacional pode impactar a participação feminina na política brasileira. O novo Código Eleitoral (PLP 112/21), em análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sugere a redução da exigência de 30% de candidaturas femininas para 20% de cadeiras reservadas. Essa mudança gera preocupações sobre um retrocesso na representatividade, pois a nova regra substituiria a obrigatoriedade atual e teria validade de 20 anos.
Além disso, o projeto elimina as punições para partidos que não cumprirem as novas diretrizes, provocando forte reação da bancada feminina. Em resposta, uma proposta inovadora sugere a divisão igualitária das cadeiras legislativas entre homens e mulheres, proporcional à população. Cada eleitor poderia votar em um candidato de cada gênero, promovendo um ambiente político mais equilibrado e inclusivo.
Essa abordagem poderia aumentar a representatividade feminina, refletindo a composição da sociedade brasileira, que é majoritariamente feminina. A proposta também visa eliminar as chamadas candidaturas laranjas, uma vez que o voto em candidatos de ambos os gêneros incentivaria candidaturas femininas autênticas. Além disso, poderia ampliar o debate sobre políticas públicas voltadas para mulheres.
Embora nenhum país tenha implementado formalmente uma divisão igualitária de cadeiras por gênero, nações como Islândia, Suécia, Finlândia e Noruega têm avançado na representação feminina em seus parlamentos. O Brasil, que foi pioneiro na participação feminina nas eleições em 1932, pode se inspirar nesses exemplos para fortalecer a democracia e a igualdade de gênero no Legislativo.
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