Zema critica descontrole fiscal em homenagem a Tiradentes e se posiciona para 2026

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, fez referência à Inconfidência Mineira em cerimônia nesta segunda-feira (21) para criticar a gastança e o descontrole fiscal, associando-os a governos tirânicos. A declaração ocorreu durante a entrega da medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, sem menção direta ao governo federal ou ao presidente Lula.

Zema, que é considerado pré-candidato à Presidência em 2026, ressaltou que altos impostos interessam apenas a regimes autoritários, citando Tiradentes como inspiração na defesa da liberdade. O evento, que transferiu simbolicamente a capital mineira para Ouro Preto, celebra o dia em que Tiradentes foi executado em 1792.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, também participou da cerimônia e homenageou Tiradentes. Motta enfatizou a importância da democracia brasileira, reconhecendo que ela é jovem e ainda imperfeita, mas viva e fruto da resistência de muitos brasileiros.

Após o evento em Ouro Preto, Motta seguiu para São João del Rei para participar de homenagens aos 40 anos da morte de Tancredo Neves, o primeiro civil eleito após a ditadura militar. A participação de Motta ocorre após um recesso informal de uma semana na Câmara, período em que foram realizadas apenas sessões virtuais.

O governador Zema é defensor do projeto de anistia aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e já se manifestou em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “maior liderança da oposição” após o STF aceitar a denúncia contra ele por tentativa de golpe de Estado. Zema defendeu que a liberdade não está assegurada no Brasil e expressou confiança de que Motta compartilha dessa percepção.