30 de abr 2025
União Brasil e PP formam superfederação e se tornam a maior força no Congresso
União Brasil e PP formam a "União Progressista", a maior força do Congresso, mas enfrentam conflitos internos e desafios nas candidaturas estaduais.
O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, discursa em evento de lançamento da federação União Progressista, aliança entre União Brasil e PP, nesta terça (29) (Foto: Renato Araújo/Divulgação Câmara dos Deputados)
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O União Brasil e o Progressistas (PP) formalizaram nesta terça-feira (29) a criação da federação partidária chamada União Progressista, que se torna a maior força política do Congresso, reunindo 109 deputados e 14 senadores. O evento ocorreu no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A federação visa consolidar a atuação conjunta dos partidos nas eleições de 2026, mas já enfrenta desafios internos. Divergências sobre a liderança e a divisão de comandos estaduais surgiram, especialmente em São Paulo, onde o deputado federal Mauricio Neves (PP) e o presidente estadual do União Brasil, Milton Leite, disputam o controle da federação. Neves havia anunciado sua liderança, mas a informação foi desmentida por Leite, gerando confusão.
Além de São Paulo, conflitos também ocorrem em estados como Paraná e Goiás. No Paraná, o senador Sergio Moro (União Brasil) é o favorito nas pesquisas, mas enfrenta resistência do PP, que apoia o governador Ratinho Júnior (PSD). Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) se posiciona como pré-candidato à presidência, mas precisa garantir apoio dentro da federação.
Desafios e Perspectivas
A federação, que terá um fundo partidário de R$ 954 milhões, busca um papel de destaque na política nacional, propondo um "choque de prosperidade" e criticando a intervenção do Estado na economia. O manifesto da União Progressista não menciona explicitamente o governo Lula, mas critica a gestão atual, apontando a necessidade de reformas.
Os presidentes do União Brasil e do PP, Antonio Rueda e Ciro Nogueira, respectivamente, compartilharão a liderança da federação até dezembro, quando um novo presidente será escolhido. A federação deve atuar como uma única sigla por pelo menos quatro anos, obrigando os partidos a se unirem nas eleições.
Apesar da união, tensões internas podem levar a desfiliações. Em pelo menos 14 estados, disputas sobre candidaturas e controle regional permanecem em aberto, o que poderá impactar a coesão da federação até as eleições de 2026.
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