Política

Luis Arce desiste de reeleição na Bolívia e propõe unidade da esquerda para eleições

Luis Arce desiste da reeleição na Bolívia, propondo unidade da esquerda em meio a crise econômica e impopularidade crescente.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, discursa em La Paz (Foto: Aiza Raldes/AFP)

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O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou nesta terça-feira, 13 de agosto, que não buscará a reeleição nas eleições gerais programadas para agosto. A decisão ocorre em meio a uma grave crise econômica e à impopularidade de seu governo. Arce, que foi proclamado candidato pelo Movimento ao Socialismo (MAS) no final de abril, enfrenta dificuldades significativas, com pesquisas apontando apenas 1% das intenções de voto.

Em um discurso transmitido pelo canal oficial Bolivia TV, Arce declarou: “Hoje comunico ao povo boliviano, com absoluta firmeza, minha decisão de renunciar à candidatura à reeleição presidencial.” Ele também propôs a unidade da esquerda para encontrar um candidato único que possa competir com a oposição de direita. O presidente, que foi ministro da Economia durante o governo de Evo Morales, enfrenta críticas e acusações de orquestrar uma perseguição judicial contra o ex-presidente.

Crise Econômica

A Bolívia atravessa uma severa crise econômica, caracterizada pela escassez de dólares e combustíveis, resultando em protestos populares. A inflação anual atingiu 15%, a mais alta desde 2008. Arce, que assumiu a presidência em novembro de 2020 com 55% dos votos, viu a economia do país deteriorar-se, especialmente após a queda na produção de gás.

A proposta de Arce de unir a esquerda surge em um contexto de divisão, onde a oposição está fragmentada em várias candidaturas. O atual presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, que recentemente anunciou sua intenção de concorrer, pode ser um dos principais candidatos da esquerda, especialmente com as últimas pesquisas indicando que ele lidera as intenções de voto com 18%.

Desafios Futuros

Arce lançou um desafio a Evo Morales, pedindo que ele não insista em sua candidatura. A decisão do presidente de não concorrer pode alterar o cenário político da Bolívia, onde a disputa pela liderança da esquerda se intensifica. A unidade proposta por Arce poderá ser crucial para enfrentar uma oposição que se apresenta dividida e, portanto, mais vulnerável.

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