Disputa entre Rodrigo Pacheco e vice de Zema marca federação União-PP em Minas

A federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP) está transformando o cenário político em Minas Gerais, com destaque para duas figuras proeminentes: Rodrigo Pacheco e Mateus Simões. Ambos são cogitados como candidatos ao governo estadual nas eleições de 2026, embora Pacheco ainda não tenha oficializado sua candidatura.

Pacheco, ex-presidente do Senado, possui forte influência no União Brasil, partido que conta com o apoio de muitos prefeitos locais. Recentemente, ele recebeu um convite para se filiar ao União Brasil, em uma articulação que envolve o senador Davi Alcolumbre e Ciro Nogueira, líder do PP. A proposta inclui a formação de uma nominata robusta para viabilizar sua candidatura ao governo.

No entanto, a decisão de Pacheco sobre deixar o PSD está atrelada à configuração de alianças para 2026. Um possível alinhamento da federação com o projeto presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pode ser um obstáculo, uma vez que Pacheco tem se alinhado mais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é um forte apoiador de sua candidatura.

Preparação de Mateus Simões

Por outro lado, Mateus Simões, atual vice-governador, está sendo preparado como sucessor de Romeu Zema. Ele conta com o apoio do secretário da Casa Civil, Marcelo Aro, que tem atuado como um importante articulador político. Aro busca consolidar o apoio da federação ao vice-governador, aproveitando sua influência no PP e boas relações com o União Brasil.

A união entre União Brasil e PP é estratégica, reunindo 166 prefeitos, mais de 1300 vereadores e nove deputados estaduais. Esse apoio pode ser crucial para fortalecer as candidaturas em Minas Gerais e aumentar o tempo de televisão nas campanhas eleitorais. A articulação política em torno de Pacheco e Simões promete intensificar a disputa pelo governo estadual nos próximos anos.