20 de mai 2025

Eleições em Portugal relembram o fim da 1ª República há 100 anos
A ascensão do partido Chega, que ecoa fraudes do passado, ameaça a democracia em Portugal e desafia o bipartidarismo histórico.
Foto:Reprodução
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A 1ª República Portuguesa, que se aproximava do fim há cem anos, enfrentava crises políticas e sociais intensas. Em 1925, apesar de um governo de esquerda que legalizou o direito à greve, a instabilidade política persistia. O assassinato de líderes e a inflação crescente, impulsionada por uma fraude monetária, contribuíram para o descontentamento popular.
Artur Virgílio Alves dos Reis, um fraudador, introduziu em circulação notas falsas equivalentes a € 5 bilhões atuais. A produção dessas notas era tão sofisticada que enganou a empresa impressora na Inglaterra. Essa fraude, embora não a única causa, foi um dos fatores que levaram ao golpe militar que instaurou o Estado Novo, uma ditadura que durou 48 anos.
Curiosamente, um dos cúmplices de Alves dos Reis, Diogo Pacheco de Amorim, é homônimo do atual ideólogo do partido de ultradireita Chega. Este partido, que emergiu nas eleições recentes, quebrou o bipartidarismo histórico em Portugal, unindo direita e ultradireita com votos suficientes para alterar a Constituição da República.
A ascensão do Chega levanta preocupações sobre a democracia em Portugal. Pela primeira vez, um partido que defende abertamente o fim da democracia ganha força significativa. A história parece se repetir, com ecos do passado ressoando nas atuais tensões políticas. A reflexão sobre esses eventos históricos é crucial para entender o presente e o futuro da política portuguesa.
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