Bolsonaristas reagem a discurso de Tarcísio em evento de filiação de Derrite

A filiação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ao Progressistas (PP) ocorreu em um evento que reuniu líderes partidários e gerou discussões sobre a candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) à presidência em 2026. A cerimônia, realizada na quinta-feira, 22, em São Paulo, foi marcada por um tom de pré-campanha, tanto para Derrite quanto para Tarcísio.

Os discursos proferidos durante o evento incomodaram bolsonaristas, que se sentiram excluídos. Ciro Nogueira, presidente do PP, e Valdemar Costa Neto, do PL, deixaram no ar a possibilidade de Tarcísio se candidatar à presidência, ressaltando que a decisão final cabe a Jair Bolsonaro, que ainda se considera candidato, apesar de sua inelegibilidade.

Derrite, que afirmou não ter intenção de concorrer ao governo de São Paulo, pode mudar de posição caso Tarcísio decida se lançar à presidência. Um aliado do secretário indicou que a estratégia é semelhante à de Tarcísio, que se mantém como candidato à reeleição enquanto Derrite se apresenta como candidato ao Senado.

Reações e Implicações

A presença de líderes de partidos como PSD, União Brasil e Podemos no evento reforçou a imagem de Derrite como um potencial sucessor de Tarcísio. A ausência de figuras bolsonaristas e a crítica à falta de convite a deputados de postura combativa foram notadas. O evento também levantou questões sobre a unidade da direita em São Paulo, com a possibilidade de uma candidatura de consenso entre Derrite, André do Prado (PL) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Derrite enfatizou a importância de eleger senadores conservadores e apresentou propostas para mudanças na legislação penal. O evento, que teve um caráter nacional, foi interpretado como um pré-lançamento da candidatura de Tarcísio à presidência, aumentando a tensão entre os apoiadores de Bolsonaro e os novos aliados políticos.