Cláudio Castro enfrenta desafios políticos e pressões em meio às eleições de 2026

O governador Cláudio Castro (PL) enfrenta desafios políticos significativos enquanto sinaliza interesse em concorrer ao Senado nas eleições de dois mil e vinte e seis. A disputa interna no PL se intensifica, com Flávio Bolsonaro e Carlos Portinho também buscando as duas vagas disponíveis. Flávio, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sua posição garantida, enquanto Portinho, que assumiu o cargo após a morte de Arolde de Oliveira, intensifica sua aproximação com a direita ao criticar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Portinho declarou: “Se o Cláudio também quiser ser, alguém vai ter que deixar o PL.” Ele se posiciona como pré-candidato e desafia Castro a se comprometer com uma postura mais agressiva contra o STF, especialmente considerando que o governo do estado depende de decisões favoráveis do tribunal. Castro, por sua vez, enfrenta pressões internas e externas, já que sua administração está sob o Regime de Recuperação Fiscal.

Desafios com Washington Reis

Outro ponto crítico para Castro é a relação com Washington Reis, secretário de Transportes. Recentemente, uma confusão sobre tarifas de transporte expôs a discordância entre eles. Reis anunciou uma redução nas passagens do trem e do metrô, mas Castro rapidamente desmentiu a informação. Reis, por sua vez, reforçou sua posição, afirmando que “a tarifa do Rio é a mais cara do Brasil.”

Além disso, Reis tem se aproximado de ex-governadores rivais, como Anthony e Rosinha Garotinho, o que gera desconforto no Palácio Guanabara. O ex-prefeito de Duque de Caxias também é considerado para uma possível candidatura ao governo, caso consiga reverter sua inegibilidade no STF.

Cenário Eleitoral

Com a crescente concorrência para as eleições de dois mil e vinte e seis, figuras como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e deputados federais evangélicos também entram na disputa. O ex-governador Sérgio Cabral sugere que Castro considere uma candidatura a deputado federal, dada a complexidade do cenário atual. Enquanto isso, Reis mantém uma postura evasiva sobre o futuro político, afirmando que “não falaria de eleições em ano ímpar.”