PSDB ignora críticas de Ciro Gomes a FHC durante negociações por retorno ao partido

Ciro Gomes, ex-ministro e político cearense, está considerando um retorno ao PSDB, partido que deixou em 1997. A articulação, liderada pelo ex-governador Tasso Jereissati, visa fortalecer alianças no Ceará para as eleições de 2026. Apesar de suas críticas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a possibilidade é bem recebida entre os tucanos.

Desde sua saída do PSDB, Ciro tem criticado figuras tucanas, incluindo FHC, com quem afirmou não ter mais diálogo. Em 2018, durante sua terceira candidatura à presidência, ele ironizou uma carta de FHC que pedia união entre candidatos de centro. "É muito mais fácil um boi voar de costas", disse Ciro, referindo-se à proposta de união em meio à polarização política.

A atual direção do PSDB, sob o comando do ex-governador de Goiás Marconi Perillo, minimiza as críticas passadas de Ciro. Perillo afirmou que "Ciro reconhece as virtudes do presidente Fernando Henrique Cardoso", sinalizando uma abertura para o diálogo. O ex-ministro, que já disputou a presidência quatro vezes, busca uma candidatura ao governo do Ceará em 2026.

Alianças e Estratégias

Ciro tem se aproximado do bolsonarismo no Ceará, buscando apoio local. Sua possível volta ao PSDB é vista como uma estratégia para ampliar suas chances eleitorais e fortalecer a sigla, que não lançou candidato à presidência em 2022. A articulação com Tasso Jereissati reflete um desejo de reverter a frustração do partido.

Além de Ciro, outros nomes estão sendo considerados para a candidatura ao governo do Ceará, como o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que se juntou ao União Brasil. O PSDB planeja se posicionar como oposição ao PT, com o governador Elmano de Freitas buscando a reeleição. A relação entre Ciro e o PSDB continua a ser monitorada, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.