Política

Mudanças na comunicação revelam a batalha política em tempos de big techs e fake news

A Meta alterou sua política de moderação, refletindo tensões políticas atuais. O governo Lula trocou Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na comunicação. Fake news e regulamentação das big techs intensificam a crise de confiança em Lula. A mudança na Secom é vista como insuficiente para enfrentar desafios maiores. O governo precisa ampliar sua base social para restaurar a confiança pública.

Lula dá posse ao marqueteiro Sidônio Palmeira na Secom (Foto: Divulgação/Presidência da República)

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As recentes mudanças na política de moderação de conteúdo da Meta e a troca na comunicação do governo Lula refletem um cenário complexo e tenso no início de 2024. A conexão entre esses eventos demonstra que a comunicação e seu impacto são fundamentais na política atual, funcionando como uma moeda valiosa em um contexto onde a opinião pública é moldada rapidamente. A decisão de Lula de substituir Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom) é vista como uma tentativa de resposta a um ambiente digital hostil, onde as big techs, como a Meta, parecem se alinhar a interesses políticos controversos, como a possível volta de Donald Trump.

A mudança na Secom, embora significativa, é considerada insuficiente diante da magnitude do que está em jogo. O novo titular da comunicação descreveu a situação como um “faroeste digital”, indicando a dificuldade do governo em controlar a narrativa pública em meio a um fluxo constante de desinformação. A crítica se estende à ideia de que a troca de nomes na equipe de comunicação resolverá problemas mais profundos relacionados à percepção pública e à disseminação de fake news. A regulamentação das responsabilidades das gigantes da tecnologia é vista como uma necessidade urgente, mas não deve ser a única estratégia do governo.

Além disso, a situação é exacerbada por questões internas do governo, como a falta de clareza em relação a políticas fiscais, exemplificada pela controvérsia em torno da "taxação do Pix". Essa desinformação prospera em um ambiente onde a comunicação governamental falha em explicar adequadamente as normas e decisões, refletindo uma série de incompetências que vão além da simples guerrilha digital. A imagem de Lula como um comunicador eficaz não se repetiu em seu terceiro mandato, e suas falhas de comunicação têm contribuído para a sua impopularidade.

Para reverter essa situação, o governo precisa de uma mudança mais abrangente que amplie sua base social e restaure a confiança pública. A crise de confiança atual é profunda e não pode ser resolvida apenas com ajustes na comunicação ou regulamentações mais rigorosas nas redes sociais. A percepção de ineficiência persiste, mesmo diante de indicadores sociais e econômicos positivos, evidenciando que a solução requer um esforço mais substancial do que meras mudanças na Secom ou na abordagem digital.

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