29 de jan 2025
Justiça restabelece mapa de zoneamento em São Paulo, mas suspende mudanças no Alto de Pinheiros
Justiça de São Paulo restabeleceu o mapa de 2024 da Lei de Zoneamento. Mudanças que permitiam construções no Alto de Pinheiros foram suspensas. Alterações no zoneamento ocorreram sem participação popular e planejamento técnico. Prefeito Ricardo Nunes vetou construções em áreas residenciais após críticas. Lei de Zoneamento é crucial para definir uso do solo e altura de edificações.
Vista aérea da cidade de São Paulo (Foto: Fernando Martinho/Valor)
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Uma decisão da Justiça de São Paulo alterou a anulação do mapa da Lei de Zoneamento da cidade, restringindo o veto a um trecho específico. O desembargador Waldir Sebastião de Nuevo Campo Júnior explicou que a liminar anterior abrangia todo o mapa de uso e ocupação do solo. Em resposta, a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento suspendeu a análise de processos de licenciamento desde janeiro de 2023, causando transtornos. Com a nova liminar, o veto se limita a alterações no Alto de Pinheiros, na zona oeste.
A Justiça restabeleceu a validade do mapa da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em julho de 2024. O desembargador atendeu ao pedido da prefeitura, suspendendo apenas as mudanças que permitiam construções mais altas no Alto de Pinheiros. A alteração, que classificava a Marginal Pinheiros como zona de centralidade, foi inserida de última hora e não constava no projeto original.
A associação de moradores do Alto de Pinheiros alegou irregularidades na alteração e o Ministério Público de São Paulo ajuizou uma ação direta de inconstitucionalidade. A revisão do zoneamento enfrentou críticas pela falta de transparência, com mudanças feitas sem a devida discussão pública. A Lei de Zoneamento é crucial para definir o que pode ser construído em cada área da cidade, incluindo a altura dos edifícios e tipos de construções permitidas.
As revisões de 2024 foram sancionadas de forma questionável, segundo Mariana Chiesa, presidente da Comissão Especial de Direito Urbanístico da OAB-SP. Ela destacou a falta de participação popular e planejamento técnico, além de violações aos princípios de impessoalidade e segurança jurídica. O cenário de constantes alterações no zoneamento gerou insegurança jurídica e descontentamento entre os moradores e especialistas em urbanismo.
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