Política

Brasil avança na autonomia espacial com investimentos em veículos lançadores e satélites

Brasil investe mais de R$ 1 bilhão em Veículos Lançadores de Pequeno Porte (VLPPs). Base de Alcântara se destaca como polo espacial estratégico, atraindo investimentos. Comunidades quilombolas ainda não percebem benefícios diretos das iniciativas. Acordo com os EUA sobre a base gera críticas, afetando a soberania nacional. Projetos visam fortalecer a indústria espacial e criar empregos qualificados no país.

Vantagem. A Base de Alcântara ocupa uma posição estratégica (Foto: Joedson Alves/ABR)

Vantagem. A Base de Alcântara ocupa uma posição estratégica (Foto: Joedson Alves/ABR)

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O Brasil está investindo na autonomia espacial com a conclusão de quatro projetos de Veículos Lançadores de Pequeno Porte (VLPPs) até o fim de 2026. Com um investimento superior a R$ 1 bilhão, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão, visa desenvolver tecnologia nacional para colocar satélites em órbita, reduzindo a dependência de produtos estrangeiros. A base de lançamento será em Alcântara, que se consolida como um importante polo espacial, atrás apenas de São José dos Campos.

A ministra Luciana Santos destacou que esses projetos representam um marco histórico para o Brasil em termos de soberania nacional e capacidade de inovação. A localização de Alcântara, próxima à linha do Equador, oferece vantagens estratégicas, como a redução de custos e aumento da eficiência nos lançamentos. Além disso, a base fortalecerá a vigilância de fronteiras e recursos naturais, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.

Além dos VLPPs, um satélite óptico de grande porte está em desenvolvimento com investimento de R$ 230 milhões, liderado pela empresa Visiona. Embora o satélite precise ser lançado por um veículo estrangeiro devido ao seu peso, a infraestrutura em Alcântara está sendo ampliada para influenciar a indústria nacional de manufatura espacial. A ministra ressaltou que esses investimentos visam posicionar o Brasil como uma potência espacial, atraindo investimentos e criando empregos qualificados.

Entretanto, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com os Estados Unidos, assinado em 2019, continua a gerar controvérsias. O cientista político Danilo Serejo criticou a falta de benefícios diretos para as comunidades locais, afirmando que os acordos não têm garantias de cumprimento. Ele questiona a manutenção do acordo sob o governo Lula, que não revisou os termos, e destaca a necessidade de uma política que assegure que os ganhos da exploração espacial sejam compartilhados com as comunidades quilombolas de Alcântara.

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