Política

Maria Rita Kehl provoca debate sobre identitarismo e diálogo social em programa de TV

A psicanalista Maria Rita Kehl criticou o "identitarismo" em recente programa. Kehl argumenta que o identitarismo impede diálogos sociais e cria nichos fechados. A reação nas redes sociais foi intensa, com acusações de "linchamento virtual". Em 2020, Kehl já abordou o tema, defendendo a liberdade de opinião e diálogo. O debate sobre identitarismo reflete tensões entre progressismo e extrema direita.

Foto: Reprodução

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A noção de “identitarismo” tem se tornado um tema recorrente em debates e programas de entrevistas, sendo frequentemente apontada como um dos principais problemas enfrentados pelo Brasil e pelo mundo. Críticos afirmam que esse conceito, considerado impreciso e acusatório, dificulta a formação de um discurso progressista que enfrente a ascensão da extrema direita nas democracias contemporâneas. A psicanalista Maria Rita Kehl se destacou nesse debate, embora não se considere especialista no assunto.

Em uma participação no programa “Dando a Real”, Kehl provocou discussões nas redes sociais ao afirmar que, embora seja importante que grupos identitários se unam, o problema surge quando esses movimentos se tornam nichos que excluem o diálogo com o restante da sociedade. Segundo ela, isso resulta em uma “estagnação do diálogo” e na formação de “nichos narcísicos”, onde apenas os membros se reconhecem e se valorizam. Essa crítica ressoou com a ideia de que a fragmentação social pode ser prejudicial para a construção de uma frente unificada contra a extrema direita.

Kehl já havia abordado o tema anteriormente, utilizando o termo “identitário” em sua coluna na Carta Capital em agosto de 2020. Na ocasião, ela defendeu a antropóloga Lilia Schwarcz, que havia sido criticada por sua análise do filme “Black Is King”, de Beyoncé. Schwarcz argumentou que o filme apresentava uma visão estereotipada da África, e Kehl apoiou sua posição, enfatizando a importância do diálogo e da empatia entre diferentes grupos sociais.

A psicanalista ressaltou que “nós, brancos antirracistas, somos sim capazes de nos colocar emocionalmente no lugar daqueles que ainda sofrem o que nunca sofremos”, defendendo que a liberdade de opinião, aliada à igualdade de direitos, pode gerar resultados positivos. Essa perspectiva sugere que o fortalecimento do diálogo e da inclusão é fundamental para enfrentar os desafios sociais atuais.

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