Política

Deputadas de nove partidos denunciam senador por declaração violenta contra Marina Silva

Nove deputadas federais protocolaram representação no Conselho de Ética contra o senador Plínio Valério por incitação à violência contra a mulher. A declaração do senador, que expressou vontade de "enforcar" a ministra Marina Silva, gerou forte repercussão e críticas, incluindo uma reprimenda do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Valério, que não se mostrou arrependido, alegou que sua fala foi uma brincadeira. A ministra e outras personalidades, como Janja, se manifestaram contra a declaração, que foi considerada uma violação da ética parlamentar e um ataque à dignidade feminina. O grupo de deputadas argumenta que a fala do senador desqualifica o debate político e caracteriza violência política de gênero.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) (Foto: Divulgação)

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Nove deputadas federais de diferentes partidos apresentaram uma representação no Conselho de Ética contra o senador Plínio Valério (PSDB-AM) devido a suas declarações sobre "enforcar" a ministra Marina Silva. O senador fez o comentário durante um evento no Amazonas, após ouvir Marina por mais de seis horas na CPI das ONGs. Apesar da repercussão negativa, Valério afirmou que não se arrepende e classificou sua fala como uma brincadeira. A ministra, por sua vez, considerou a declaração uma incitação à violência contra a mulher, afirmando que "só psicopatas são capazes de fazer isso".

O episódio gerou uma reprimenda do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e mobilizou apoio a Marina de diversas personalidades, incluindo Janja. Na representação, as parlamentares argumentam que a fala de Valério não apenas desrespeita a dignidade de Marina, mas também compromete o debate político ao empregar uma linguagem que incita a violência. Elas ressaltam que o ocorrido não pode ser minimizado como um simples excesso verbal, pois afronta princípios da ética parlamentar e caracteriza violência política de gênero.

As deputadas que assinam a representação incluem Benedita da Silva (PT-RJ), Duda Salabert (PDT-MG), Enfermeira Ana Paula (Podemos-CE), entre outras. O grupo enfatiza a importância de defender as mulheres e combater a misoginia, afirmando que a Câmara dos Deputados não pode permanecer em silêncio diante de tais ataques. Túlio Gadêlha (Rede-PE), um dos principais aliados de Marina no Congresso, também endossou a ação, destacando a diversidade do grupo que se uniu em torno dessa causa.

A situação evidencia a crescente preocupação com a violência política de gênero no Brasil, especialmente em um contexto onde as mulheres ainda enfrentam desafios significativos na política. As parlamentares esperam que a representação leve a uma reflexão mais profunda sobre o respeito e a dignidade no debate político, além de promover um ambiente mais seguro para as mulheres na esfera pública.

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