Erika Hilton desafia Nikolas Ferreira e vídeo atinge 103 milhões de visualizações nas redes sociais

O vídeo da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), em resposta ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), alcançou 103 milhões de visualizações, embora ainda seja 68% menor que o engajamento de Nikolas, que superou 323 milhões. A discussão gira em torno da revogação de uma medida da Receita Federal que pretendia aumentar a fiscalização em transações bancárias, incluindo o Pix. Nikolas foi o principal responsável pela repercussão negativa que levou ao recuo do governo federal, e seu vídeo comemorativo também teve mais visualizações que o de Hilton.

Erika Hilton, em seu vídeo, defendeu que Lula nunca propôs a taxação do Pix, atribuindo essa ideia ao ex-ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes. A deputada criticou a extrema-direita, insinuando que sua atuação visava criar medo na população. A nova regra da Receita Federal exigiria que transações acima de R$ 5 mil fossem reportadas, algo que já ocorria com bancos tradicionais, mas que se estenderia a fintechs. A revogação da norma foi anunciada após uma onda de desinformação nas redes sociais.

Um levantamento do Instituto Democracia em Xeque revelou que Nikolas Ferreira foi o principal influenciador nas redes sociais sobre o tema, com 6,6 milhões de interações. A direita dominou as discussões, representando 78,25% das interações, enquanto a esquerda, com Erika Hilton à frente, teve apenas 17,2%. O PL foi o partido que mais publicou sobre o assunto, com 518 postagens e 12,7 milhões de interações.

O Ministério Público também se manifestou, pedindo ao Tribunal de Contas da União que se envolvesse na discussão sobre o compartilhamento de informações financeiras via Pix. O procurador Lucas Furtado destacou que a falta de monitoramento pode levar à sonegação fiscal. Em 2024, o Pix processou 42 bilhões de transações, movimentando R$ 17,2 trilhões, e se tornou crucial para identificar movimentações não registradas pela Receita Federal.