22 de jan 2025
Governo Lula planeja medidas para conter alta dos preços dos alimentos e garantir acessibilidade
O governo Lula enfrenta queda de popularidade devido à alta de alimentos, que subiram 7,69% em 2024. O ministro Rui Costa anunciou um "conjunto de intervenções" para reduzir preços, mas recuou sobre controle de preços. A inflação de alimentos impacta diretamente a popularidade de Lula, com a carne subindo 20,8% e café 39,6%. Fatores climáticos e a valorização do dólar agravam a situação, dificultando a produção agrícola. O governo busca sugestões de supermercados e planeja reuniões para discutir medidas eficazes.
Presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em meio à queda de popularidade, anunciou uma nova estratégia para atender sua promessa de campanha de garantir "comida barata na mesa do trabalhador". Durante uma reunião ministerial no dia 20 de janeiro, Lula destacou a união e reconstrução como prioridades, enquanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou que o governo está desenvolvendo medidas para reduzir os preços dos alimentos. Embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados, Costa mencionou que o governo está em diálogo com representantes de supermercados e aberto a sugestões.
A inflação de alimentos tem sido uma preocupação crescente, com o grupo Alimentação e Bebidas contribuindo com mais de um terço da alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024, que registrou um aumento de 7,69%. O preço da carne bovina, por exemplo, subiu 20,8%, enquanto itens como café e laranja-pera também apresentaram aumentos significativos. A combinação de fatores, incluindo a valorização do dólar e condições climáticas adversas, tem pressionado os preços, levando o governo a buscar soluções.
Rui Costa, em declarações posteriores, tentou esclarecer que as "intervenções" mencionadas não se referem a controles de preços, mas a um conjunto de medidas que visam aumentar a oferta de alimentos. Ele enfatizou que o governo não pretende adotar tabelamento de preços, uma prática que historicamente falhou em administrações anteriores. O ministro também descartou a possibilidade de mudanças nas regras de validade de alimentos, uma proposta que gerou controvérsia.
O governo está se preparando para apresentar um plano de ações na próxima reunião com Lula, que incluirá discussões sobre aumento de crédito aos produtores e assistência técnica. A pressão inflacionária é vista como um risco eleitoral significativo, especialmente com a aproximação das eleições de 2026. O Banco Central já sinalizou a possibilidade de aumentar a taxa de juros para controlar a inflação, o que poderia impactar ainda mais a popularidade do governo.
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