Divisão entre americanos sobre saúde pública marca audiências de confirmação de Kennedy

A confiança na saúde pública nos Estados Unidos tem diminuído desde a pandemia de Covid-19, com pesquisas indicando uma população americana dividida sobre o tema. Esta semana, Robert F. Kennedy, indicado por Donald Trump para liderar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, enfrenta audiências de confirmação no Congresso. Um novo levantamento revela que menos da metade dos adultos confia em Trump e Kennedy para fazer recomendações adequadas sobre saúde, com opiniões fortemente polarizadas entre partidos, especialmente em relação às vacinas.

A confiança nas agências de saúde do governo caiu drasticamente. Apenas cerca de 50% dos adultos têm uma visão favorável da FDA, uma queda em relação a quase dois terços em meados de 2023. A confiança em autoridades de saúde locais e estaduais também caiu cerca de 10 pontos percentuais, enquanto a do CDC diminuiu de 66% para 61%. Os dados mostram que 85% dos democratas confiam no CDC, em contraste com apenas 39% dos republicanos.

As opiniões sobre vacinas, especialmente as de Kennedy, geram preocupação entre especialistas em saúde pública. Ele é conhecido por promover a falsa alegação de que vacinas causam autismo. A American Academy of Pediatrics coletou depoimentos para destacar a importância das vacinas na saúde infantil. Dr. Susan J. Kressly afirmou que “vacinas permitem que crianças cresçam saudáveis e prosperem”.

Embora a maioria dos adultos ainda acredite que os benefícios das vacinas superam os riscos, a confiança tem diminuído, especialmente entre pais republicanos. Aproximadamente 80% dos pais mantêm as vacinas de seus filhos em dia, mas essa porcentagem caiu de 90% desde 2023. O levantamento também indica que 26% dos pais republicanos relatam ter adiado ou pulado vacinas, um aumento significativo em relação a 13% no ano anterior.