Mary Anne MacLeod: a imigrante escocesa que se tornou mãe de Donald Trump nos EUA

Mary Anne MacLeod, mãe do ex-presidente Donald Trump, chegou a Nova York em 11 de maio de 1930, com apenas US$ 50 no bolso, equivalente a cerca de US$ 950 hoje. Nascida em Tong, na Escócia, ela imigrou legalmente com um visto que indicava sua intenção de residir permanentemente nos Estados Unidos. Documentos da Fundação Estátua da Liberdade mostram que ela embarcou em 2 de maio de 1930, no porto de Glasgow, a bordo do navio Transilvânia, e que sua chegada foi registrada como parte de um plano de imigração, ao contrário da narrativa de que teria viajado como turista.

Mary Anne era a mais nova de nove irmãos e seguiu o exemplo de três irmãs que já estavam nos EUA. Ao chegar, registrou sua profissão como "doméstica" e tinha como destino a casa de sua irmã Catherine, em Astoria, no Queens. Historicamente, a imigração escocesa para os EUA era comum, especialmente após a Primeira Guerra Mundial, quando muitos jovens deixaram suas terras em busca de melhores oportunidades. Apesar de sua origem humilde, Mary Anne não era completamente pobre, pois tinha dinheiro suficiente para viajar em segunda classe.

Após se estabelecer, Mary Anne casou-se em 1936 com Frederick Trump, um empresário do setor imobiliário. Ela se naturalizou cidadã americana em 1942 e teve cinco filhos, incluindo Donald Trump. A história de sua imigração contrasta com as políticas anti-imigração adotadas por seu filho, que, em seu segundo mandato, implementou medidas rigorosas, incluindo deportações em massa. A trajetória de Mary Anne, que se tornou uma figura filantrópica respeitada, levanta questões sobre a retórica atual em torno da imigração nos EUA.