30 de jan 2025
Crise no IBGE: embate entre modernização e resistência interna se intensifica
Márcio Pochmann enfrenta oposição interna no IBGE desde sua nomeação em 2023. Servidores assinam carta pedindo sua saída, citando autoritarismo na gestão. Ministério Público investiga uso indevido da marca IBGE em consultorias privadas. Criação da fundação IBGE+ foi suspensa, aumentando a tensão entre diretores e funcionários. Pochmann defende modernização, mas enfrenta resistência e desconfiança interna.
Pressão. Os empregados da instituição conseguiram uma vitória: suspender a criação do IBGE+, ideia de Pochmann (Foto: Rodrigo Cabral/MCTI e Redes Sociais/Assibge)
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A crise no IBGE, iniciada em 2023, gira em torno do presidente Márcio Pochmann, nomeado por Lula. O movimento de oposição interna, liderado por setores insatisfeitos e pela ala sindical, critica Pochmann por seu estilo de gestão, que ele descreve como um "necessário processo de modernização". Acusações de autoritarismo e tentativas de privatização dos serviços públicos têm gerado um clima tenso, especialmente após a divulgação de uma carta aberta de 136 servidores pedindo sua saída.
Recentemente, a situação se agravou com a abertura de uma investigação pelo Ministério Público Federal sobre o uso indevido da marca do IBGE por servidores envolvidos em consultorias privadas. Pochmann defende a transparência e a apuração das denúncias, enquanto críticos, como Wasmália Bivar, alertam que a desconfiança generalizada entre os servidores é inédita e prejudicial à produção de dados essenciais.
A proposta de criação da fundação IBGE+, que visa captar recursos financeiros, também é alvo de críticas. Servidores argumentam que a fundação compromete a missão institucional do IBGE. Pochmann, por sua vez, afirma que a fundação é crucial para a recuperação da instituição, que enfrentou dificuldades orçamentárias nos últimos anos. Ele destaca que a modernização e a inovação são essenciais para o futuro do IBGE.
A pressão sobre Pochmann aumentou, levando à suspensão temporária da criação da fundação. Apesar disso, ele continua a receber apoio de servidores históricos e de movimentos sociais, que veem sua gestão como vital para a inclusão e justiça social. No entanto, a insatisfação interna e a falta de diálogo com o sindicato levantam dúvidas sobre a continuidade de sua administração.
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