Política

MST pressiona Lula por mais assentamentos e ameaça novas invasões em 2025

O MST criticou a entrega de apenas 3.500 assentamentos em dois anos. O movimento exige 65 mil assentamentos até 2025, enquanto o governo promete 20 mil. Lula se comprometeu a simplificar processos para atender mais famílias sem terra. O MST ameaça intensificar invasões caso suas demandas não sejam atendidas. A insatisfação com a reforma agrária pode impactar a agenda política do governo.

Presidente Lula e integrante do MST (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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Representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) se reuniram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, onde expressaram insatisfação com os avanços da reforma agrária. O MST criticou a entrega de terras, afirmando que apenas 3.500 famílias foram assentadas nos últimos dois anos, o que consideram "ridículo". O movimento reivindica o assentamento de 65 mil famílias em 2025, enquanto o governo se comprometeu com 20 mil. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que o ministério planeja assentar 30.290 famílias este ano e 26.490 em 2026.

Durante a reunião, o MST também solicitou um aumento no orçamento do programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar, de R$ 750 milhões para R$ 2 bilhões. Lula foi receptivo e pediu a simplificação dos processos para atender mais famílias. A secretária-executiva do ministério, Fernanda Machiaveli, destacou que o governo conseguiu estabelecer um arcabouço legal para utilizar imóveis de devedores da União, o que pode acelerar os assentamentos.

O MST, que já havia se reunido com o governo anteriormente, ameaça realizar um "Abril Vermelho" de invasões caso suas demandas não sejam atendidas. O movimento já planejou ações em três estados no final do ano passado, em resposta à falta de avanços na reforma agrária. A insatisfação é crescente, com integrantes do MST afirmando que a pressão popular será mantida, independentemente das respostas do governo.

O governo, por sua vez, enfrenta limitações orçamentárias e argumenta que a reforma agrária estava paralisada desde o governo Michel Temer. Em 2024, o INCRA destinou R$ 567 milhões para a reforma agrária, um valor quase duas vezes maior que em 2023, mas ainda assim inferior aos investimentos realizados em mandatos anteriores do PT, que chegaram a R$ 3,675 bilhões anualmente.

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