03 de fev 2025
Greve da Receita Federal compromete arrecadação e gera incertezas fiscais
A greve da Receita Federal, iniciada em novembro, busca reajuste salarial. Quase R$ 15 bilhões em transações tributárias estão bloqueados pela paralisação. O governo Lula projetou arrecadar R$ 31 bilhões, mas arrecadou apenas R$ 5,4 bilhões. O Sindifisco Nacional exige negociação para recomposição das perdas desde 2016. A situação agrava incertezas fiscais em meio a riscos externos e desaceleração econômica.
Foto: Reprodução
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A greve da Receita Federal, motivada por um pedido de reajuste salarial, está dificultando os esforços do governo federal para aumentar a arrecadação tributária. Segundo o sindicato dos servidores, a paralisação resultou em quase R$ 15 bilhões em transações tributárias pendentes no ano passado. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva projeta arrecadar R$ 31 bilhões em transações tributárias para este ano, conforme o projeto de lei orçamentária, que ainda aguarda aprovação do Congresso.
Entretanto, essa meta é vista com ceticismo, uma vez que em 2024 a previsão era a mesma, mas o governo arrecadou apenas R$ 5,4 bilhões. A situação se agrava em um contexto de incertezas fiscais, exacerbadas por riscos externos relacionados às políticas comerciais de Donald Trump e à desaceleração do crescimento econômico no Brasil, influenciada pela política monetária restritiva.
O Sindifisco Nacional informou que R$ 14,6 bilhões em transações tributárias estão em fase final, mas travados devido à greve, que começou no final de novembro. Esse valor é superior aos R$ 13 bilhões arrecadados em 2024 com uma mudança na tributação de fundos de investimento, que enfrentou dificuldades para ser aprovada no Congresso.
O presidente do sindicato, Dão Real, destacou a urgência do retorno ao trabalho dos auditores fiscais, enfatizando os impactos negativos na economia. Ele também pediu maior empenho do Ministério da Fazenda para pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação a cumprir acordos e negociar a recomposição das perdas salariais. O sindicato reivindica um reajuste que compense a inflação acumulada desde 2016, que ultrapassou 50%. Ambos os ministérios não se pronunciaram sobre a situação, enquanto a Receita Federal optou por não comentar a greve.
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