Trump avança com plano para eliminar o Departamento de Educação dos EUA

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está elaborando uma ordem executiva que pode iniciar o processo de eliminação do Departamento de Educação. Essa ação, conforme reportado pela CNN, seria dividida em duas etapas: a primeira envolveria a instrução ao secretário da Educação, Linda McMahon, para desenvolver um plano de redução do departamento, enquanto a segunda exigiria a aprovação do Congresso para a extinção formal do órgão. Trump já havia tentado, em seu primeiro mandato, fundir os departamentos de Educação e Trabalho, mas a proposta não avançou.

Na última sexta-feira, dezenas de funcionários do Departamento de Educação foram colocados em licença administrativa, parte de uma estratégia mais ampla do governo para reduzir a presença de trabalhadores associados a iniciativas de diversidade e inclusão. Trump, durante sua campanha, frequentemente criticou o departamento, alegando que ele representa um excesso do governo federal e que os estados deveriam ter mais controle sobre a educação. Ele afirmou: “Gastamos mais por aluno do que qualquer outro país do mundo e estamos no final da lista”, defendendo que os estados administrem suas próprias escolas.

Além disso, a administração Trump está considerando a possibilidade de transferir algumas funções do Departamento de Educação para outras agências, como o Departamento do Tesouro ou o Departamento de Justiça. Essa reestruturação poderia afetar diretamente os programas de empréstimos estudantis, que atualmente são geridos pelo departamento. Especialistas alertam que, mesmo que o departamento seja fechado, as dívidas estudantis ainda seriam devidas, e a mudança poderia causar confusão e atrasos no acesso a recursos financeiros para estudantes.

A proposta de desmantelar o Departamento de Educação enfrenta resistência no Congresso, onde historicamente houve pouca disposição para cortar financiamentos nessa área. Análises indicam que, em cerca de 71% das vezes, quando presidentes tentaram reduzir o orçamento do departamento, o Congresso acabou aumentando os recursos. A situação atual levanta preocupações sobre o futuro da educação nos EUA e o impacto que essas mudanças podem ter sobre milhões de estudantes e suas famílias.