06 de fev 2025
Chefe da ONU alerta: países que recuarem em acordos climáticos perderão oportunidades econômicas
Simon Stiell, da ONU, destaca que financiamento climático não é caridade. Ele critica a saída dos EUA do Acordo de Paris, anunciada por Trump. Outros países estão prontos para liderar na proteção ambiental e colher benefícios. Stiell menciona a meta de US$ 1,3 trilhão para ações climáticas estabelecida em Baku. Ele alerta que mudanças climáticas afetam todos, sem segurança em nenhum país.
O chefe do clima da ONU, Simon Stiell, faz um discurso durante a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29) em Baku, no Azerbaijão. (Foto: Alexander Nemenov/AFP)
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O secretário-executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, declarou nesta quinta-feira que o “financiamento climático não é caridade”, enfatizando que países que se afastam do compromisso ambiental serão substituídos por outros dispostos a assumir a liderança. Essa afirmação foi direcionada especialmente aos Estados Unidos, que se retiraram do Acordo de Paris durante a presidência de Donald Trump. Stiell destacou que, apesar de um país recuar, há nações prontas para aproveitar as oportunidades econômicas, como crescimento mais forte, geração de empregos e redução de poluição.
Stiell também alertou que as mudanças climáticas impactam toda a população global, afirmando que “nenhum país está seguro”. Ele citou o exemplo de um investidor rico em Los Angeles, que, mesmo disposto a pagar por serviços de bombeiros particulares, não conseguiu salvar sua propriedade de um incêndio. Essa situação ilustra a vulnerabilidade que todos enfrentam diante das crises climáticas, independentemente de sua condição financeira.
O secretário-executivo defendeu a necessidade de aumentar o financiamento para ações climáticas, mencionando os US$ 1,3 trilhão estabelecidos em Baku. Ele sugeriu que, se as finanças fossem adequadamente organizadas, seria possível implementar o Roteiro de Baku em Belém, permitindo que cada nação alcance seu potencial máximo em termos de desenvolvimento sustentável.
A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, anunciada em janeiro, terá efeitos imediatos, pois o fluxo de recursos para iniciativas climáticas deve ser interrompido antes que a saída oficial se concretize, o que leva um ano segundo as regras da ONU. Stiell concluiu sua fala ressaltando a urgência de ações coletivas para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
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