09 de fev 2025
Hugo Motta se cerca de conselheiros do centrão para iniciar nova gestão na Câmara
Hugo Motta, novo presidente da Câmara, se cercou de conselheiros do centrão. Mudanças na gestão incluem reuniões de líderes às segundas e presença nas quartas. Motta propõe uso parcimonioso de requerimentos de urgência e discussões prévias. Discurso de posse imitou Ulysses Guimarães, exaltando a democracia e o Centrão. Desafios incluem controlar polarização entre oposição e governo no plenário.
Antônio Brito, Hugo Motta, Isnaldo Bulhões e Dr. Luizinho: amigos e conselheiros na Câmara (Foto: Fotos Câmara dos Deputados/Divulgação)
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Hugo Motta, novo presidente da Câmara dos Deputados, cercou-se de três conselheiros próximos, todos do centrão: Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Antônio Brito (PSD-BA) e Dr. Luizinho (PP-RJ). Esses líderes têm um papel fundamental na nova gestão, mantendo um diálogo constante com Motta. Na primeira semana, a sugestão de convocar a reunião de líderes para a segunda-feira foi acatada, marcando um novo começo. Durante o encontro, Motta ouviu as demandas e propôs que a presença dos parlamentares no plenário ocorresse apenas às quartas-feiras, das 16h às 20h, permitindo votação por celular após esse horário.
Motta adotou um perfil corporativista, prometendo usar os requerimentos de urgência com cautela e priorizando discussões nas comissões antes de levar projetos ao plenário. As reuniões de líderes agora ocorrerão às quintas-feiras, proporcionando mais previsibilidade. A relação entre Motta e seus conselheiros, especialmente com Bulhões e Brito, se fortaleceu ao longo dos anos, com jantares que misturavam questões pessoais e políticas, sempre mantendo um tom moderado.
Durante seu discurso de posse, Motta evocou a memória de Ulysses Guimarães, repetindo “Viva a democracia!” e criticando a deturpação do modelo democrático ao longo dos anos. Ele destacou a importância das emendas impositivas como um retorno às origens do projeto constitucional, embora tenha gerado controvérsia ao afirmar que os atos de 8 de janeiro não foram golpistas. Além disso, Motta defendeu a redução do tempo de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa, provocando reações diversas entre os parlamentares.
A gestão de Motta enfrentará o desafio da polarização política, especialmente após a sessão de abertura marcada por conflitos entre bolsonaristas e petistas. O novo presidente se comprometeu a controlar a temperatura do plenário, buscando um equilíbrio em um ambiente legislativo cada vez mais tenso. A expectativa é que sua liderança traga mudanças significativas na dinâmica da Câmara, com foco em um diálogo mais construtivo entre os partidos.
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