Política

PSB se prepara para mudança histórica sob liderança de João Campos

O PSB busca uma mudança histórica com João Campos como possível presidente. Propostas incluem trocar o nome e eliminar referências ao socialismo. A mudança visa atrair um eleitorado mais amplo e consolidar lideranças. A ala jovem do partido defende modernização para aumentar a penetração eleitoral. Resistências internas surgem, especialmente entre líderes tradicionais do PSB.

ESTRELA EM ALTA - O bem avaliado prefeito de Recife, de 31 anos: a legenda pretende lançá-lo presidenciável em 2030 (Foto: Hélia Scheppa/PCR)

ESTRELA EM ALTA - O bem avaliado prefeito de Recife, de 31 anos: a legenda pretende lançá-lo presidenciável em 2030 (Foto: Hélia Scheppa/PCR)

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Nas últimas décadas, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) teve duas oportunidades significativas de conquistar a Presidência da República. A primeira ocorreu em 2014, quando o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, era visto como o principal adversário de Dilma Rousseff. Contudo, sua morte em um acidente aéreo a dois meses da eleição frustrou as expectativas. Em 2018, o partido apostou na popularidade do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, mas ele desistiu da candidatura devido a divergências com a direção do PSB, especialmente sobre privatizações.

Atualmente, o PSB se prepara para uma possível mudança histórica, com a eleição de uma nova diretoria em maio. O prefeito de Recife, João Campos, filho de Eduardo Campos, é o candidato mais cotado para a presidência do partido. Aos 31 anos, ele já é considerado uma estrela em ascensão e pode ser um presidenciável em 2030. Para viabilizar essa estratégia, uma ala do PSB propõe revisar o programa do partido, eliminando referências ao socialismo e até mudando seu nome para Partido da Sociedade Brasileira.

A proposta, ainda não formalizada, é defendida por figuras como o deputado estadual Caio França e o deputado federal Jonas Donizette, que acreditam que a mudança pode ampliar a penetração do partido no eleitorado de centro. Donizette argumenta que a manutenção de bandeiras históricas tem sido prejudicial eleitoralmente, servindo apenas para ataques da direita. Apesar de tentativas anteriores de suavizar a imagem do PSB, a proposta atual visa eliminar completamente a menção ao socialismo, que ainda aparece 54 vezes no programa oficial.

Entretanto, a ideia de modernização enfrenta resistência interna. O atual presidente do PSB, Carlos Siqueira, criticou a proposta, afirmando que não levará a lugar algum. Outros, como o ex-governador Rodrigo Rollemberg, defendem mudanças, mas em outra direção, focando na implementação de políticas públicas. O debate sobre a identidade do partido reflete uma trajetória política errante, onde o PSB já atuou como força auxiliar do governo Lula, apoiou o impeachment de Dilma e participou do governo Temer. A ala mais jovem busca agora um novo rumo, mas a mudança de nome e identidade ainda gera controvérsias dentro da legenda.

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